domingo, 12 de janeiro de 2025

Liedson fez histórias no Corinthians e Flamengo

Quão salutar é reverenciar ídolos do passado que nem passam mais pela sua memória da maioria! De certo aqueles que não são corintianos e flamenguistas sequer recordam da fisionomia do centroavante Liedson, cujo prenome raramente é registrado em cartórios de nascimento. Pois o personagem em questão foi um talentoso atleta daquele Corinthians do treinador Tite, campeão brasileiro em 2011, na segunda passagem pelo clube, quando herdou a camisa nove de Ronaldo Fenômeno, artilheiro da competição com 12 gols.

Na temporada seguinte, foi partícipe da conquista invicta da Libertadores, quando se destacava pela velocidade, agilidade, boa impulsão - apesar da estatura de 1,76m de altura -, e exímia capacidade de finalização, com carreira marcada como goleador por onde passou, mas não esteve presente nos dois jogos da finalíssima contra o Boca Junior, com empate por 1 a 1 na Argentina e vitória por 2 a 0 no Estádio do Pacaembu, dois gols de Emerson Sheik.

Quando descoberto no futebol amador de sua cidade natal Cairu, na Bahia, aos 21 anos de idade, Liedson da Silva Muniz era ajudante de pintor e pedreiro. No triênio a partir de 1997 atuou pelo Poções, e continuou a trajetória no Prudentópolis (PR) e Coritiba, até a chegada ao Flamengo em 2002, com marca com 14 gols em 24 jogos na campanha do Brasileirão.

Dali, registro para curta passagem pelo Corinthians e a primeira experiência internacional no Sporting (POR), onde ficou durante sete anos, conquistou títulos e, em 2009, após obter a cidadania portuguesa, foi convocado para defender o selecionado daquele país, com histórico de 15 partidas e quatro gols, um deles na goleada por 7 a 0 sobre a Coreia do Norte, na Copa do Mundo de 2010. Incontinente, no retorno ao Corinthians, continuou se destacando e assim atraiu interesse do Porto (POR), onde fez opção para encerramento da carreira em 2013, sendo que em dezembro passado ele completou 47 anos de idade.

Para não se desligar totalmente do futebol, a opção dele foi montar uma escolinha da modalidade na cidade de Valença, no litoral da Bahia, local que o deixou abalado em 2017, após ter se envolvido em um acidente que deixou uma mulher morta na BA-887, a condutora de um veículo Ford Ka, que colidiu na BMW dele, que não sofreu grandes danos, assim como ele e a esposa - que o acompanhava - sofreram ferimentos leves. 




domingo, 5 de janeiro de 2025

Joãozinho, zagueiro campeão pelo Santos

 Dos trinta alunos do segundo ano do curso colegial, da Escola Estadual José Vilagelin Neto, em Campinas, cinco deles estavam vinculados ao Guarani e Ponte Preta. Curioso que enquanto estudantes eram amigos e até trocavam gostosas gargalhadas, mas de vez em quando transformavam-se em adversários nos tradicionais dérbis campineiros.

Daquela turma, quem mais se destacou foi o zagueiro Oscar Bernardes, da Ponte Preta, que tinha um Fusquinha branco e dava carona ao goleiro Carlos Ganso e volante Carlos Magno, no regresso aos alojamentos do Estádio Moisés Lucarelli.

Desciam, sentido Estádio Brinco de Ouro, o zagueiro Joãozinho - irmão do então lateral-esquerdo Bezerra - e o volante Carlos Magno. O início da carreira dele, João Rosa de Souza Filho, natural de Altair (SP), que em março vai completar 69 anos de idade, foi no juvenil bugrino, após breve estágio no Atlético Altair. As virtudes, como na antecipação a adversários e no jogo aéreo, serviram para ganhar espaço na equipe principal, onde chegou à formar dupla de zaga com o saudoso Amaral.

Em evidência, despertou interesse do Santos, que veio buscá-lo em 1977, aos 21 anos de idade, com estreia diante do Palmeiras, no empate por 1 a 1, ocasião que formava dupla com Neto e saboreou o título paulista em 1978, no grupo batizado de 'Meninos da Vila'.

Ainda no clube, ganhou a 'Bola de Prata' em 1980, como o melhor zagueiro do Campeonato Brasileiro. E lá permaneceu até 1983, com despedida na derrota para o Flamengo por 3 a 0, na decisão do Brasileirão, no Estádio Maracanã, com público de 155.523 pagantes. Na ocasião, o time comandado pelo treinador Chico Formiga tinha essa formação: Marola; Toninho Oliveira, Joãozinho, Toninho Carlos e Gilberto Sorriso; Toninho Silva, Pita e Paulo Isidoro; Camargo (Batistote), Serginho Chulapa e João Paulo.

Depois foi jogar no Sport Recife, Grêmio Maringá e Paulista de Jundiaí, onde encerrou a carreira em 1986. Houve até tentativa de ingresso na carreira de treinador, inicialmente nas categorias de base do Santos, marcada por ter descoberto o então meia Giovanni.

Em 1994 chegou a ser auxiliar-técnico de Serginho Chulapa na equipe principal, e depois o substituiu, com histórico de 51 partidas. Ele ainda passou por Caxias (RS), Portuguesa Santista, Paysandu, Remo e Botafogo de Ribeirão Preto, em 2003.