domingo, 14 de setembro de 2025

Narciso, exemplo de superação

 Há histórias que valem ser recontadas, e uma delas já postei aqui há oito anos, ao lembrar que 27 de setembro é um dia especial para o ex-zagueiro Narciso, do Santos, por se tratar do Dia Nacional do Doador de Órgãos, quando terá motivos de sobra para repetir sua heróica história de perseverança, ao vencer a leucemia mielóide crônica.

Ele foi diagnosticado com a doença em 2000, e a projeção médica era de 30% a 40% de chances de sobreviver. Mas foi curado após período de sessões de quimioterapia até o transplante de medula óssea. E quis o destino que voltasse a jogar futebol no Peixe, três anos depois.

Entretanto, ficou desestimulado para sequência na carreira devido à insistência do então treinador Vanderlei Luxemburgo em deixá-lo entre os reservas. Assim, em seis meses, após a cirurgia, jogou só cinco vezes e pendurou as chuteiras aos 31 anos de idade.

Este sergipano de Neópolis, nascido em dezembro de 1973, começou no Corinthians de Alagoas. A primeira experiência no futebol paulista foi no Paraguaçuense. Depois, transferiu-se ao Santos, passou rapidamente pelo Flamengo, por empréstimo, e, mais experiente, não estranhou adaptação à função de volante.

Ele foi medalha de bronze com a seleção olímpica do Brasil em 1996, em Atlanta (EUA), e atuou oito vezes na seleção principal do País, entre 1995 e 1998. A mais gratificante experiência como jogador foi no time santista de 1995, vice-campeão brasileiro, formado por Edinho; Marquinho Capixaba, Ronaldo Marconato, Narciso e Marcos Adriano; Carlinhos, Giovanni, Robert e Jamelli; Camanducaia e Marcelo Passos. O Botafogo (RJ) foi campeão.

Foi o Santos, também, quem lhe abriu as portas para ingressar na função de treinador, nas categorias de base, e assim percorreu vários clubes, alguns deles profissionais, como Linense, Penapolense e Operário (MT), até 2016.

Por gratidão a benção recebida, promove jogos beneficentes para doação de alimentos à Nacac (Núcleo de Amparo a Crianças e Adultos com Câncer), Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e Lar Santo Expedito, entidades de Santos.

Também é requisitado frequentemente para palestras às pessoas vitimadas por doenças graves, quando narra a sua história de superação e consegue estimular pacientes. O transplantado é monitorado pelo resto de sua vida, o que estreita laços com a equipe médica que o assistiu.



Nenhum comentário: