domingo, 24 de agosto de 2025

Paulo André, ex-zagueiro que publicou livro

Décadas de 60 e 70 do século passado, era raro o atleta não iniciar uma entrevista para emissoras de rádio sem o uso do decorado bordão 'ouvintes meus cumprimentos'. Depois, mesmo a 'boleirada' se expressando melhor, quem ousou publicar um livro? Pois o ex-zagueiro Paulo André - coadjuvado por editores - lançou em 2012 a publicação 'O jogo da minha vida', que narra a trajetória dele no futebol e reflexões críticas sobre o meio.

Mostrando-se diferenciado também fora de campo, como apreciador de literatura, no ano anterior já havia criado o Instituto Paulo André, uma organização sem fins lucrativos, com o objetivo de oferecer projetos socioeducativos nas áreas de esporte e cultura para que crianças e jovens, com sede em sua cidade natal, Campinas.

Paulo André Cren Benini, que no último 20 de agosto completou 42 anos de idade, na adolescência foi praticante da modalidade de tênis e adepto do futebol de salão, que praticava na AABB (Associação Atlética Banco do Brasil), de sua idade, antes de descobrir a vocação pelo futebol de campo, identificando-se como zagueiro capacitado ao desarme e técnica refinada para valorizar a saída de bola de trás.

Assim, foi levado para a categoria infantil do São Paulo, sem que o sonho de carreira prosperasse. Outra tentativa foi nos juniores do CSA de Maceió, mas por lá ficou apenas três meses. Aí, no regresso a Campinas, perseverante, buscou no Guarani o amparo para a trajetória no futebol e foi bem-sucedido, tanto que o Athetico Paranaense tratou de buscá-lo em 2005, e de lá seguiu para o Le Mans da França. Entretanto, o ápice da carreira ocorreu durante nas cinco temporadas no Corinthians, a partir de 2009, com conquistas da Libertadores, Recopa e Mundial de Clubes. Lá, participou de 155 jogos e marcou nove gols.

A regularidade implicou no interesse de contratação através do Shanghai Shenhua, da China, mas prevaleceu a tese de difícil adaptação a costumes de países asiáticos, e em 2015 estava de volta ao País, atuando pelo Cruzeiro.

Apesar disso, o projeto de encerramento de carreira estava programado no Athletico Paranaense, com trajetória alongada até 2019, e consequente migração à função de executivo de futebol, uma experiência também repetida durante dois anos no Cruzeiro, quando da transformação do clube em SAF, e responsabilidade do ex-centroavante Ronaldo Fenômeno.

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