segunda-feira, 30 de abril de 2012


Roberto Miranda, 9º artilheiro do Botafogo


 Centenas de milhares de prenomes como José, Luiz e Roberto espalhados por este Brasil afora são identificados por nome composto. No caso do atacante carioca Roberto, na ativa durante as décadas de 60 e 70, dizia-se inicialmente Roberto do Botafogo e posteriormente Roberto Miranda.

 Quem é esse Roberto Miranda, de certo pergunta o desportista da geração dos 30 e poucos anos? Saiba que foi um centroavante raçudo, não tinha medo de cara feia, e por causa da violência dos beques adversários teve costela, braço, clavícula e queixo quebrados. Além disso ainda rompeu o tendão de Aquiles.

 Ainda bem que esses dissabores foram compensados pelo histórico de artilheiro. Na trajetória de dez anos no Botafogo do Rio de Janeiro, a partir de 1972, marcou 154 gols em 352 jogos, números que o colocam como nono maior artilheiro da história do clube.

 Quem foi o maior artilheiro de todos os tempos de Botafogo? Foi Quarentinha, que marcou 307 gols, igualmente em dez anos de clube, a partir de 1954. Isso resulta na média de 0,69 gol por jogo. Mané Garrincha, com 243 gols, está na terceira colocação, e Túlio Maravilha é o oitavo com 159 gols em 223 jogos.

 Do período áureo com a camisa do Botafogo, Roberto levou o torcedor à loucura no biênio 1967-68 com a conquista do bicampeonato estadual. Em 67, na vitória sobre o Bangu por 2 a 1, ele marcou um dos gols. O outro foi assinalado pelo meia Gerson, num time formado por Manga; Paulistinha, Zé Carlos, Leônidas e Valtencir; Carlos Roberto e Gerson; Rogério, Roberto Miranda, Jairzinho e Paulo César Caju.

 Na goleada por 4 a 0 sobre o Vasco, na temporada seguinte, os gols foram dele, Jairzinho, Gerson e Rogério, num time com mudanças apenas no goleiro e lateral-direita, com as entradas de Caio e Moreira respectivamente.

 Ambas partidas foram realizadas no Estádio do Maracanã, com público de 111.641 pagantes em 1967, e 30 mil a mais na decisão da temporada seguinte.

 Quando iniciou a carreira no Manufatura de Niterói, Roberto era meio-campista, transformado posteriormente em centroavante nas categorias de base botafoguense, período em que admirava ídolos da equipe principal como Pampoline, Didi, Nilton Santos, Zagallo, Garrincha e Amarildo.

 Na conquista do tricampeonato mundial pela Seleção Brasileira, em 1970, Roberto integrava a delegação e entrou no transcorrer das partidas contra Inglaterra e Peru. Pela Seleção disputou 18 partidas e marcou nove gols.

 Em 1972, com a chegada do centroavante argentino Rodolfo Fischer no Botafogo, Roberto foi emprestado ao Flamengo, sem repetir o mesmo futebol. Por causa disso o Corinthians conseguiu contratá-lo em 1973, numa troca pelo lateral Miranda.

 Roberto ficou três anos em São Paulo e depois parou de jogar. Agora, na iminência de completar 68 anos de idade, trabalha como funcionário público em Niterói, onde mora.


sexta-feira, 27 de abril de 2012


Lúcio só jogou bem na Ponte, Guarani e Flamengo





 Ponte Preta e Guarani foram notícia em rede nacional após desbancarem grandes clubes do futebol paulista com as respectivas vitórias sobre Corinthians e Palmeiras por 3 a 2, no domingo passado, e por causa disso um deles será finalista do Campeonato Paulista de 2012.

 Já que o futebol de Campinas (SP) rouba a cena, a proposta desta coluna é recapitular um pouco de um dos melhores ponteiros-direitos de todos os tempos de Ponte Preta e Guarani, caso de Lúcio Bala.

 Curioso é que passou também por grandes clubes do futebol brasileiro e só repetiu boas atuações - além dos clubes campineiros - no primeiro ano de Flamengo, em 1983.

 O início da história de Lúcio no futebol foi marcada por um ‘rapto’. Natural de Mato Grosso, jogava profissionalmente no Dom Bosco daquele Estado como meia direita, e foi trazido a Campinas sem consentimento dos dirigentes de seu clube, para um período de testes, em 1975. Para não provocar alarde, dirigentes pontepretanos o colocaram no time de aspirantes, numa partida preliminar, com a identificação apenas de Pompeu, para não provocar suspeita.

 Na ocasião, Lúcio Alves Pompeu de Campos ratificou as boas informações e os dirigentes da Ponte negociaram a contratação por preço acessível, certos que seria um excelente reforço. E foi. O técnico Zé Duarte (já falecido) o adaptou na ponta-direita e o polêmico atacante Rui Rei pôde usufruir dos precisos cruzamentos para fazer gols de cabeça.

 Lúcio infernizava laterais-esquerdos. Foi tido como um dos maiores velocistas do futebol brasileiro da época, ao lado de Edu Bala - ex-Lusa, São Paulo e Palmeiras.

 Tarcisio, do Grêmio, também foi um ponta-direita de velocidade, mas diferentemente de Lúcio Bala e Edu Bala, preferia fechar em diagonal e completar as jogadas a levar a bola ao fundo de campo.

 Cabe esclarecer que Lúcio não era jogador de rara habilidade. Compensava com o drible na corrida, suficiente para chegar ao fundo do campo e colocar o necessário efeito na bola nos cruzamentos, com a parte interna do pé.

 No Palmeiras em 1979 fracassou, recuperando a forma no biênio 1981-82 no Guarani, quando foi um elogiado coadjuvante para os gols do meia Jorge Mendonça.

 No Flamengo começou bem, mas caiu de produção na segunda temporada, ocasião em que se transferiu ao América (RJ), trocado pelo lateral-direito Jorginho, hoje treinador.

 Depois, marcado por seguidas contusões e o peso da idade, nunca mais foi o mesmo nas passagens por Coritiba, Comercial de Ribeirão Preto (SP), ASA de Arapiraca (AL) e Mixto de Cuiabá (MT), em 1989, onde encerrou a carreira de atleta.
 Esse mato-grossense, que vai completar 57 anos de idade em outubro, está radicado em Cuiabá - sua cidade natal -, trabalha como servidor público e, segundo seus amigos, ainda participa das tra

Suingue, outro coringa do futebol do passado





 Suing é um gênero musical derivado do jazz, ‘nascido’ nos Estados Unidos por volta dos anos 20. É tocado por instrumentos de metais como saxofones, trombones, trompetes, assim como baterias, baixos e guitarras.

 Suingue, com grafia aportuguesada, foi um meio-campista revelado pela extinta Prudentina (SP) nos anos 60, e o sucesso se estendeu no Palmeiras, Corinthians, Fluminense e Vasco.

 Há quem associe o apelido de Álvaro Aparecido Pedro à preferência musical pelo suing, sem que a versão tenha sido devidamente confirmada. O certo é que pela voluntariedade na marcação e bom domínio de bola se adaptou quer à função de volante, quer na meia de armação. Além disso, foi improvisado em outras funções do meio-de-campo pra frente. Por isso foi tido, depois do santista Lima, como outro coringa do futebol brasileiro.

 Na Prudentina ele atuou ao lado de jogadores igualmente de projeção, casos do goleiro Glauco, lateral-direito Lidu - já falecido -, meia Luís Carlos Feijão, ponteiro-direito Reginaldo e centroavante Cláudio Garcia.

 Em 1966, Suingue se transferiu ao Palmeiras em tempo de comemorar o título paulista. No ano seguinte festejou as conquistas da Taça Brasil e Torneio Roberto Gomes Pedrosa, enquanto a sua amada Prudentina caiu à divisão inferior do Campeonato Paulista, sucumbindo anos depois.

 Acabava, portanto, uma história de um clube em que jogaram, ainda, o atacante Ademar Pantera (já falecido), zagueiro Thomaz e o volante Capitão, para alívio dos clubes da capital paulista, que sempre se queixaram dos 520 quilômetros de distância até Presidente Prudente, na época percorridos de ônibus. Consequentemente, o Estádio Félix Ribeiro Marcondez foi demolido.

 De fato o desfecho da história da Prudentina provocou cicatrizes na alma de Suingue. Cicatrizes no rosto foram provocadas por um acidente em maio de 1966, quando estava na companhia do lateral-direito Luís Carlos Cunha, que morreu.

 A vida continuou para Suingue que, recuperado, foi reintegrado ao elenco do Palmeiras, adaptando-se em outras funções no gramado. Foi improvisado na ponta-esquerda, assim como atuou de ponta-de-lança. Isso porque os titulares de suas reais posições eram Dudu e Ademir da Guia.

 Sem o espaço pretendido no Palmeiras, Suingue topou sair. Ele e o ponteiro-esquerdo Rinaldo foram jogar no Fluminense por empréstimo, e o Verdão recebeu o ponteiro-esquerdo Lula.

 Em 1969, Suingue foi jogar no Corinthians, onde ficou até 1973, geralmente na reserva de Dirceu Alves e Rivellino. Posteriormente no Vasco, na maioria das vezes ficou na reserva do meia Buglê e volante Alcir Portela - já falecido.
 Agora, radicado na cidade natal de Rancharia, com os seus quase 30 mil habitantes, ensina a garotada em escolinha de futebol. No tempo restante trabalha como segurança de um ho



Ademir da Guia chega aos 70 anos jogando bola





 Como estarão as suas pernas aos 70 anos de idade? Precisará andar com ajuda de uma bengala? Até lá você vai partir desta para uma melhor? Ou pior?

 Pois saiba que o lendário Ademir da Guia, o melhor meia de todos os tempos do Palmeiras, completou 70 anos de idade neste 3 de abril, e ainda continua batendo a sua bolinha no time de máster do Verdão. E mais: promete entrar em campo na inauguração da Arena Palestra Itália.

 Ademir foi um jogador maravilhoso. A sua história começou a ser contada no início da década de 60, no então ‘respeitado’ Bangu, do Rio de Janeiro, sendo posteriormente liberado ao Palmeiras.

 A família Da Guia entrou para a história do futebol com Domingos da Guia, zagueiro de estilo clássico que marcou época na Seleção Brasileira. Ele desarmava o adversário e o driblava com categoria, antes do passe. De vez em quando até cometia a imprudência de aplicar chapéu em sua própria área.

 Depois surgiu o filho Ademir, que tinha algo em comum em relação ao pai: o trato carinhoso na bola. Em 1961, quando chegou ao Palmeiras, teve a responsabilidade de substituir o gaúcho Chinesinho, negociado à Fiorentina da Itália. E após período de seis meses de adaptação pôde mostrar seus toques precisos, organização de jogadas, tabelinhas e muitos gols.

 Apesar disso, era relegado na Seleção Brasileira. Após insistente pressão da imprensa paulistana, foi convocado à Copa do Mundo da Alemanha em 1974 só para jogar 66 minutos contra Polônia, na disputa pelo terceiro lugar.

 No Palmeiras foi recordista com 901 partidas disputadas, e tido como o melhor jogador de todos os tempos. Nos jardins do Parque Antártica foi erguido um busto em sua homenagem. "Acho que joguei um pouquinho, sim. Afinal, fui titular do Palmeiras durante 15 anos", revelou quando abandonou a carreira de jogador em 1977.

 Também colecionou cinco títulos paulistas e o bicampeonato brasileiro. Formou com o volante Dudu uma dupla de meio-de-campo que se completava. Dudu era um carrapato na marcação e sabiamente fazia a bola passar pelos pés de Ademir antes de chegar ao ataque.

 Quando as pernas ficaram cansadas, bem que Ademir tentou ser treinador, mas logo percebeu que não levava jeito para ser comandante. Melhor assim. Seus admiradores ficaram com a imagem irretocável do Ademir da Guia jogador.

 Depois disso foi juiz classista do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo, no Tribunal Regional do Trabalho, ocasião em que pegou gosto pela política e foi eleito vereador da cidade de São Paulo pela legenda do PCdoB, migrando, posteriormente para o PR, onde continuando ocupando cadeira na Câmara de Vereadores de São Paulo.

 A rigor, funcionários de seu antigo gabinete o acusaram em 2005 de apropriação indébita de R$ 15 mil dos respectivos salários, fato que ganhou manchetes de jornais. Ademir negou a versão.





Douglas, futebol e negócios paralelamente





 Jogador de futebol, mesmo feio que dói, faz sucesso com a mulherada. Imaginem, então, um boleiro boa pinta, cabeços caídos nos ombros e bom de bola, como foi o volante Douglas, marcado singularmente como sucessor de Wilson Piazza no Cruzeiro.

 Só que Douglas não era mulherengo. Sequer tinha hábitos de vida noturna e foi identificado como o maior pão-duro do grupo cruzeirense. O dinheiro era aplicado em negócios, um deles uma confecção em sociedade com a noiva da época. Certa ocasião, trocou o seu veículo Escort por um terreno.

 O diferencial de Douglas foi a formação. Aprendeu a dureza da vida na infância e adolescência, quando aprendeu o ofício de sapateiro e foi ajudante de seu pai na oficina.

 Antes mesmo de parar de jogar havia demonstrado aptidão pelos negócios. Comprou cinco alqueires a 200 quilômetros de Belo Horizonte, com objetivo de comercializar galinha. “É um ramo bastante rentável”, justificou na época, com a sabedoria de agregar produção de milho e ração em sua propriedade.

 William Douglas Menezes, nascido em 17 de março de 1963, chutava bola nos campinhos da periferia de Belo Horizonte até ser levado para treinar no dente de leite do Cruzeiro, aos 12 anos de idade. A boa colocação, capacidade de antecipação nas jogadas e bom passe foram preponderantes para que aos 19 anos de idade assumisse a condição de titular da camisa 5 do Cruzeiro.

 Lá viveu o melhor período no futebol e foi apelidado de ‘príncipe’ pela equipe de esportes da Rádio Inconfidência, da capital mineira. Foi reserva em raras partidas na temporada de 1984, e só por capricho do treinador Osvaldo Brandão, já falecido. Entretanto, bastou o time levar uma ‘sapecada’ do Inter (RS) para que Brandão parasse de ‘graça’ e o recolocasse no time.

 A permanência no Cruzeiro foi prolongada até 1988. Aí, com passe livre, acertou contrato com a Portuguesa. Por sinal, Douglas era duro na queda no quesito renovação de contrato. Geralmente os cartolas eram pressionados a ceder e ele levava vantagem.

 Douglas parou de jogar futebol em 1995 e participou daquele time de medalhões da Ponte Preta que caiu para a segunda divisão do futebol paulista, comandado pelo técnico Geninho: João Brigatti; Zelão, Pedro Luiz, Hélio e Paulo César; Macalé, Douglas, Carlos André e Careca; Gaúcho e João Paulo.

 Antes disso foi bem sucedido nas passagens pela Seleção Brasileira de 1983 a 1988. Sonhou com vaga no Mundial de 1982 na Espanha, mas o preferido foi o volante Elzo, do rival Atlético (MG).

 Também deixou boa recordação no Sporting de Portugal, e na volta ao Cruzeiro, com a conquista da Supercopa da Libertadores em 1992.

 Douglas ainda tentou ingressar na carreira de treinador, porém sem sucesso. Em 2006 trabalhou no Itaúna, espécie de filial do Cruzeiro, e um ano depois no Jataiense de Goiás.





Câncer no esôfago venceu Calvet há quatro anos

  

Cabe lembrar que este 29 de março marca o quarto ano da morte do zagueiro Raul Donazar Calvet em Porto Alegre, capital gaúcha. Se ao longo da carreira anulou adversários respeitáveis, foi vencido pelo câncer no esôfago aos 72 anos de idade, e deixou um histórico recheado de títulos.

 Dos cinco anos de Santos, de 1960 a 65, só não foi campeão paulista em 63, quando o Palmeiras roubou a cena, e da antiga Taça Brasil em 1960. Ele fez parte do melhor time santista de todos os tempos, entre 1962/63, quando “papou” Libertadores da América e Mundial interclubes.

 Calvet, gaúcho de Bagé, estatura média e bigode ralo, raramente entrava duro nas jogadas desde os tempos em que apareceu no futebol, no Guarany de sua cidade. E isso se prolongou de 1954 a 60 quando passou pelo Grêmio portoalegrense. Já Peixe, totalizou 218 jogos e teve que abandonar o futebol aos 31 de idade, após romper o tendão de aquiles.

 Exagerou quem rotulou Calvet de quarto-zagueiro excepcional. Ficou marcado pelo bom posicionamento, antecipação e acerto em passes. Todavia, o nível técnico era inferior a Mauro Ramos de Oliveira (já falecido), seu companheiro de zaga.

 Há quem questione como o time santista, com zagueiros de boa qualidade, sofria gols freqüentemente, apesar das vitórias de seu time. Simples. O Santos tinha preocupação básica de atacar e deixava o setor defensivo desguarnecido. Mauro e Calvet ficavam, na maioria das vezes, mano a mano com atacantes adversários. Quando batidos, dependiam basicamente das boas defesas do goleiro Gilmar.

 Antes da chegada de ambos ao Estádio da Vila Belmiro, Santos e Palmeiras protagonizaram um jogo com 13 gols, no Estádio do Pacaembu, no dia 6 de março de 1958. O Santos ganhou por 7 a 6, de virada, após perder por 6 a 5, com esse time: Manga, Hélvio e Dalmo; Fioti, Zito e Ramiro (Urubatão); Dorval, Jair, Pagão (Afonsinho), Pelé e Pepe.

 Quando disputou a primeira final do Mundial Interclubes em 1962, por exemplo, o Santos ganhou do Benfica por 3 a 2, no Estádio do Maracanã, e aplicou goleada por 5 a 2 na segunda e decisiva partida, no Estádio da Luz, em Portugal, com três gols de Pelé. E olhem que o Benfica contava com astros como Eusébio, Coluna, Simões e Costa Pereira.

 Quando o Peixe levantou o caneco do bicampeonato mundial, Calvet não esteve em campo. Ele, Zito e Pelé cederam lugares para Haroldo, Lima e Almir, ocasião em que os santistas devolveram ao time italiano do Milan o placar de 4 a 2 sofrido na Itália. Às vésperas daquela finalíssima, respeitava-se a equipe milanesa que tinha, entre outros, o centroavante Mazzola (ex-Palmeiras), Rivera, Maldini, Trapaltoni e Amarildo (ex-Botafogo-RJ).   Os heróis santistas, comandados pelo técnico Luiz Alonso, o Lula (já falecido), foram Gilmar; Ismael, Mauro, Haroldo e Dalmo; Lima e Mengálvio; Dorval, Coutinho, Almir e Pepe.