domingo, 16 de novembro de 2025

Zagueiro Fernando Narigudo não se incomodava com o apelido


É praxe a ocupação deste espaço para reverenciar craques do passado, mas há circunstâncias de curiosidades que convém lembrá-las aqui. Outrora não havia constrangimento chamar jogadores pelos apelidos, por mais insultantes que pudessem ser caracterizados. A partir da década de 90 do século passado, homens ligados à veículos de comunicação que se atrevessem a assim citá-los eram advertidos por treinadores e cartolas de clubes.

Século passado, nos anos 60, veio do Santos para o Guarani o lateral-direito Cido Jacaré. A rigor, o clube parecia predestinado ao convívio com atletas de tinham apelidos, pois isso também ocorreu com o lateral Mauro Cabeção, ambos falecidos. Em 1980, o clube recebeu do Gama de Brasília o meia-atacante Ernani Banana, com passagem seguinte pela Portuguesa.

Insere-se no contexto o saudoso volante Gilmar Fubá, que foi campeão mundial pelo Corinthians em 2000. Tanto a Lusa como o Inter (RS) contaram com atletas diferentes apelidados de Pinga. E o atacante Flávio Caça Rato não se insultava quando assim era identificado nas passagens por Santa Cruz (PE), Guarani e Remo (PA).

Logo, com tantos exemplos, por que o quarto-zagueiro Fernando Narigudo iria se incomodar quando assim o chamavam. Formado nas categorias de base do Comercial de Ribeirão Preto e revelado em 1974, ele foi contratado pelo Santos na temporada seguinte, com participação no título paulista de 1978. Aquele elenco foi batizado de 'Meninos da Vila', sob o comando do treinador Chico Formiga, já falecido.

E lá permaneceu por quatro anos, quando se caracterizou como aceitável marcador, sabia se impor no jogo aéreo, e mesmo sem técnica apurada sabia fazer o simples na saída de bola da defesa.

Do Santos, passou por Londrina, Náutico e Marília, até que em 1986 integrou o elenco do Guarani vice-campeão brasileiro, na reserva de Ricardo Rocha. Depois, esteve vinculado ao Atlhetico-PR, União São João, Nacional (SP), Grêmio Sãocarlense, Bandeirante, Paraguaçuense e encerrou a carreira na Matonense, em 1992.

Incontinenti, Fernando Guisini Neto, que em março passado completou 71 anos de idade, decidiu ingressar na carreira de treinador, no mesmo clube, intercalando passagens na categoria Sub-20 e profissional no interior paulista, como Taquaritinga, Marília, Joseense, Paraguaçuense, Flamengo de Pirajuí e Náutico de Roraima.


Nenhum comentário: