domingo, 12 de novembro de 2023

Roger Flores, um craque nos gramados e microfones

A mesma autoconfiança para expor detalhadamente as suas opiniões enquanto analista de futebol nas emissoras do grupo Globo, o canhoto ex-meia Roger Galera Flores transportava aos gramados na trajetória de atleta que se estendeu de 1996 a 2012, com vínculo em grandes clubes brasileiros, no exterior e selecionado. Durante aquele período colocou em prática toques de bola refinados, privilegiada visão de jogo e histórico de gols por onde passou.

Para alguns, foi taxado de jogador 'chinelinho', ao permanecer por relativo período no 'estaleiro', em decorrência de seguidas lesões. Todavia, invariavelmente a resposta aos desconfiados era em campo, Em 2005, na passagem pelo Corinthians, foi eleito o melhor meia do Campeonato Brasileiro, ano da conquista do título do clube naquela competição, em equipe que contava, entre outros, com o também meia argentino Carlito Tevez e centroavante Nilmar. E foi naquela final de temporada que ele quebrou a perna e desfalcou a equipe nas últimas rodadas.

No Grêmio, em 2008, foi considerado o destaque do Campeonato Gaúcho, sendo eleito o melhor meia da competição, fato que se repetiu no final de trajetória, pelo Cruzeiro, em 2011, no título mineiro, ao ser considerado o 'craque da galera'. Logo, poderia ter dado continuidade à carreira, mas na temporada seguinte optou pelo encerramento.

A trajetória dele, iniciada com destaque no Fluminense, foi marcada por passagens nos clubes citados, com singularidade no empréstimo ao Flamengo em 2007, pois ao final do contrato os dirigentes recusaram prorrogá-lo, devido ao alto salário. Havia cláusula prevendo salário de R$ 43 mil por cada partida que realizasse.

Roger também brilhou no exterior, com vínculos no Sport Lisboa e Benfica, de Portugal, além do Qatar Sports Club e Al-Sailiya Sports Club - também daquele país -, além de ter passagem pelo selecionado nacional durante quatro anos, a partir de 2000. Hoje, aos 45 anos de idade completados em agosto passado, é um dos apresentadores do programa 'Boleiragem', multiplataforma no SporTV e GE. 

Na vida pessoal, foi casado com a atriz global Deborah Secco, que confessou ainda ter relacionamento amigável com ele. Após namorarem por cerca de quatro anos, ficaram casados apenas durante dez meses, com a separação ocorrida em 2009. A justificativa foi desgaste natural de casais.


Mauro Galvão, carreira estendida até os 41 anos de idade

Numa 'live' feita pelo canal do eterno craque Zico, o maior atleta do Flamengo de todos os tempos, a pergunta ao ex-zagueiro Mauro Galvão, então convidado, foi feita na 'lata': zagueiro técnico também que dar chutão? E sem titubear, o entrevistado respondeu 'claro que sim'. E justificou: “Zagueiro precisa ter o necessário discernimento quando tem que limpar a jogada de qualquer jeito”.

E Mauro Galvão até poderia esnobar na resposta, pois pode ser inserido no seleto grupo dos melhores zagueiros de todos os tempos do futebol brasileiro pela capacidade para desarmar jogadas, na maioria das vezes sem recorrer às faltas. Para isso, tinha o tempo adequado para antecipação, velocidade para acompanhar arrancadas de atacantes adversários, e, sem que fosse dotado de corpanzil nas disputas ombro a ombro, se superava neste quesito.

Chutão apenas quando necessário, pois a apurada qualidade técnica permitia que conduzisse a bola desvencilhando-se de adversários antes da precisão no passe. Logo, esses atributos serviram para que fosse reservada vaga entre relacionados à Seleção Brasileiro a partir de 1986, foi titular absoluto na Copa do Mundo de 1990 da Itália, ocasião em que o então treinador Sebastião Lazaroni adotava formato com três zagueiros, com a equipe eliminada pela Argentina ainda nas oitavas-de-final.

A história dele no futebol começou com título do, Brasileirão pelo Inter (RS) em 1979, clube que ficou durante cinco anos, com a transferência ao Bangu. Na passagem seguinte pelo Botafogo quando sabareou o título do Torneio Rio-São Paulo. Assim, em 1990 foi contratado pelo Lugano da Suíca, onde ficou durante cinco anos. E no retorno ao País, já no Vasco, conquistou o titulo do Brasileirão de 1996. E engantou, dois anos depois, a comemoração da Libertadores no Vasco. E a sequência de título só encerrou em 2002, quando decidiu pelo encerramento da carreira no Grêmio aos 41 anos anos de idade.

No ano seguinte, Mauro Galvão iniciou a carreira de auxiliar-técnico do Vasco. Incontinenti passou por Botafogo (RJ) e Náutico e, ao não prosperar na função, migrou ao cargo de diretor executivo, a começar pelo Grêmio, Vitória e Avaí, também sem sucesso. Em 1998, ele lançou a sua biografia intitulada 'Mauro Capitão Galvão - Lições de Vida, Lições de Futebol', que mostra imagens, histórias, estatísticas e curiosidades da sua carreira.