Quando se desligou do cargo de diretor de planejamento esportivo do Fluminense, em agosto de 2024, o ex-centroavante Fred avisou que também se despediria das redes sociais. Todavia, a história dele de artilheiro jamais será esquecida. Afinal, os 19 anos de carreira, encerrada em 2022, justificada por problema de visão, foram valorizados com 417 gols.
Esse repertório, iniciado no América Mineiro em 2003, foi marcado por duas passagens no Cruzeiro e Fluminense, entremeadas no Lyon da França e Atlético Mineiro, esporadicamente marcadas por desentendimentos com dirigentes quando do desligamento de clube, além daquela áspera divergência com o então treinador Levir Culpi em 2016, no Fluminense.
Na ocasião, Fred cobrou o seu parceiro de clube Gustavo Scarpa de maneira ríspida, e por isso foi repreendido pelo então comandante, o que gerou discussão e ameaça do atleta de não mais jogar pelo clube. Assim, apesar da intervenção de dirigentes e ânimos aparentemente serenados, o atacante optou por troca de clube, seguindo para o Atlético Mineiro, só retornando ao Fluminense em 2020.
Fred foi marcado por personalidade forte. Em 2015, após receber proposta extremamente vantajosa de um clube chinês, decidiu recusá-la. Estava convicto que no Brasil continuaria acrescentando outras conquistas, no já recheado histórico até na Seleção Brasileira. Nela, o retrospecto foi de 39 jogos e 18 gols, entre 2005 e 2014, com participação em duas Copas do Mundo: 2006 e 2014, no Brasil.
Então, confiram os feitos de Frederico Chaves Guedes, mineiro de Teófilo Otoni, 1,85m de altura, que em outubro vai completar 42 anos de idade. Ele é o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro no sistema de pontos corridos - desde 2003 - e o segundo maior artilheiro de todos os tempos da competição, desde 1971, com 158 gols, refletidos em três vezes como artilheiro máximo da competição: 2012, 2014 e 2016, um recorde compartilhado por Romário, Túlio e Dadá Maravilha, porém isolado se considerada apenas a era dos pontos corridos.
É o maior artilheiro da história da Copa do Brasil, com 37 gols, e o terceiro brasileiro com mais gols na disputa da Copa Libertadores, com 25 gols, ao lado de Palhinha. E justamente pela facilidade para enfrentar goleiros que o Lyon, da França, topou pagar 15 milhões de euros para contratá-lo em 2005, com contrato por quatro anos.
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