segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Roque Júnior, zagueiro que marcou época na Seleção Brasileira



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Pontepretano sofre, mas vê o seu clube com um pé na Série B



Ponha dramaticidade nesta vitória da Ponte Preta sobre o Náutico por 1 a 0, na tarde/noite deste sábado, no Estádio dos Aflitos, em Recife (PE).

Ao chegar aos nove pontos nos três jogos desta segunda fase da Série C do Brasileiro, a Ponte Preta deu um passo gigantesco para retorno à Série B.

Teoricamente, mais uma vitória nos três jogos restantes será suficiente para que cumpra o objetivo.

AFLIÇÃO DOS TORCEDORES

Foi um segundo tempo de aflição para ambos os lados.

Como a Ponte Preta estava em vantagem no placar, com gol de seu atacante Jonas Toró, abdicou totalmente de atacar.

Isso porque o Náutico se lançou decisivamente ao ataque, teve mais posse de bola, a encurralou, embora com carência de capacidade ofensiva.

O torcedor do Náutico roeu unhas e se desesperou pela falta de organização de sua equipe, para chegar ao gol de empate.

Mesma situação foi vivenciada pelo torcedor pontepretano, que via a bola rondar a sua meta durante todo o segundo tempo.

Por isso imaginava o risco iminente de, em lance furtuito, sair o gol de empate.

Na prática, méritos para a Ponte Preta que adotou uma eficiente malha de marcação, fechando bem os espaços por dentro, oferecendo apenas os lados do campo ao adversário.

Aí, como o mandante não teve capacidade para furar o ferrolho, na maioria das vezes os seus jogadores alçaram bola para o interior da área, sempre rechaçada pela malha de marcação pontepretana, com quase todos os jogadores, exceto o centroavante Jeh.

DIOGO SILVA

Mesmo assim, não fosse a atuação destacada do goleiro Diogo Silva, de certo a Ponte Preta não traria a vitória de Recife.

A defesa no minuto final de partida, aos 51 minutos do segundo tempo, foi impressionante.

O chute de Hélio Borges tinha endereço certo no ângulo direito, ocasião que o goleiro voou e defendeu.

Outra defesa que cabe destacar foi a finalização do atacante Igor Bolt, quando Diogo Silva mostrou reflexo para praticar a defesa com o pé esquerdo, aos 13 minutos do segundo tempo.

INÍCIO DA PONTE

A Ponte Preta entrou em campo disposta a colocar em prática uma postura ofensiva, em prenúncio de jogo 'pau a pau', nos primeiros minutos.

Todavia, a primeira chance real para abertura do placar coube ao Náutico, logo aos 13 minutos.

Foi quando o atacante Vinícius cruzou e o seu parceiro de ofensiva Igor Bolt cabeceou, exigindo reflexo do goleiro pontepretano Diogo Silva, para praticar defesa no canto esquerdo.

Outra jogada ofensiva do Náutico, ainda pela direita, terminou com cruzamento do lateral Arnaldo e complemento de Vitinho, para nova defesa de Diogo Silva, aos 17 minutos.

GOL DE TORÓ

No lance seguinte, aos 18 minutos, em arrancada da Ponte Preta pela direita, o meia Élvis serviu o lateral Pacheco, que teve liberdade para trabalhar a jogada.

Com consciência, ele fez um passe 'açucarado' para o atacante Jonas Toró, livre de marcação, pela meia esquerda, já dentro da área, para finalização certeira no canto direito do goleiro Muriel: Ponte Preta 1 a 0.

O Náutico sentiu o gol e se desestruturou durante o primeiro tempo, embora mantivesse a iniciativa de atacar.

Como a Ponte Preta correu bastante durante o primeiro tempo, com insistente vaivém de seus atacantes de beirada Toró e Bruno Lopes, houve queda ofensiva do rendimento de ambos, que acertadamente foram substituídos.






Roque Júnior, ex-zagueiro de carreira consagrada no futebol brasileiro e exterior, é um exemplo de atleta que soube aplicar bem o dinheiro ganhado, em decorrência dos lucrativos contratos feitos ao longo da trajetória, que permitiu-lhe uma vida estável e confortável com a família.

Ao completar 49 anos de idade neste 31 de agosto, o que ele fez questão de não mudar foi o visual de longos cabelos crespos, tratados na base de trancinhas, o que contrasta com a aparição do futebol em sua cidade natal em Santa Rita do Sapucaí, na região Sul de Minas Gerais, hoje de 43.753 habitantes.

Foi lá, no Santarritense, que ele deu início à carreira de atleta com cabelos bem curtinhos, e assim chegou na condição de reserva do Palmeiras, em 1995. E aquela situação se prolongou por aproximadamente dois anos, só modificada com a chegada ao clube do então treinador Luiz Felipe Scolari - o Felipão -, que constatou o desperdício do não aproveitamento de um zagueiro soberano no jogo aéreo e capacidade para desarmar atacantes adversários.

Efetivado como titular, teve participação ativa nas conquistas de títulos da Copa do Brasil, Copa Mercosul, Libertadores e Torneio e Rio-São-Paulo. Assim, a recompensa foi convocação à Seleção Brasileira, visando à Copa do Mundo de 2002 - disputada no Japão e Coréia do Sul -, ano que o País conquistou o pentacampeonato, e ele participou daquele formato com três zagueiros: ele ao lado de Lúcio e Edmílson.

A rigor, José Vítor Roque Júnior - nome dele de registro em cartório - está caracterizado como décimo zagueiro que mais vezes atuou pela Seleção Brasileira em toda a história, totalizando 49 jogos. Logo, por estar familiarizado com aquele ambiente e boa convivência com o treinador Felipão, foi convidado e aceitou integrar a comissão técnica do selecionado na Copa do Mundo de 2014, sediada no País.

Em clubes do exterior, Roque Júnior atuou pelo Milan, Leeds United, AC Siena, Bayer Leverkusen, Duisburg, Al-Rayyan e retornou ao Palmeiras em 2008, mas a segunda passagem foi marcada por curto período, com transferência ao Sydney FC da Austrália, até que o ex-colega de Seleção, Juninho Paulista, então presidente do Ituano, reservou-lhe espaço no clube, mas já em final de carreira.

Depois disso, ele ainda tentou ingressar na carreira de treinador, no XV de Piracicaba e Ituano, porém sem sucesso.


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