Num mundo com prevalecimento da demagogia, tem gente que supostamente nunca ouviu falar no então meia Edu Manga e agora aparece registra 'com profundo pesar a morte dele', ocorrida neste três de outubro, aos 58 anos de idade. Por sinal, clubes de futebol geralmente adotam essa postura em redes sociais de 'profundo pesar', quando dessas citações de falecimento.
Ora, quem havia lembrado que Edu Manga estava internado em Barueri (SP) - cidade em que nasceu -, para tratamento de problemas renais? Revelado nas categorias de base do Palmeiras, e inicialmente identificado como Edu - como convém à abreviação de quem chama Eduardo -, coube ao ex-lateral-esquerdo Denys - igualmente formado no clube - acrescentar 'Manga' com a questionável justificativa de cabelos encaracolados.
Assim, Eduardo Antônio dos Santos ascendeu a equipe principal em 1985 e se caracterizou como típico ponta-de-lança com facilidade para se desvencilhar de marcadores e acelerar jogadas, quando se aproximava da área adversária, quer para assistências, quer para as conclusões. Pela boa visão de jogo, também desempenhava o papel do meia organizador, quando recuava para participar da construção.
Essas virtudes recomendaram que fosse convocado à Seleção Brasileira, inicialmente através do saudoso treinador Carlos Alberto Silva e depois Sebastião Lazaroni, com participação em nove jogos oficiais. No Palmeiras, Edu Manga se desligou em 1989, com histórico de 188 jogos e 44 gols.
Na sequência, parte da década seguinte foi marcada em agremiações do exterior como Santa Fé da Colômbia, Club América do México, Emelec do Equador, Real Valladolid e CD Logroñes da Espanha, Universidad Católica do Chile e Shimizu S-Pulse do Japão.
Ainda no futebol brasileiro, ele teve passagem por apenas 17 partidas pelo Corinthians, em 1992. Também jogou no Guarani em 1996, já sem a repetição do futebol demonstrado na década anterior.
E atuações com oscilações também foram registradas nos demais clubes que esteve vinculado, casos de Athletico-PR, Sport, Remo e Náutico, para, nos últimos anos de carreira enfrentar aquilo que se convencionava chamar de 'estrada da volta do futebol', em clubes como Rio Branco de Americana (SP) e Figueirense em 2002, onde ficou marcada a despedida enquanto atleta, para posteriormente cair nos ostracismo e rarissimamente ser citado pela mídia.
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