terça-feira, 22 de julho de 2025

Adeus ao ex-zagueiro Wagner Basílio

No último dia 15 de julho morreu o zagueiro Wagner Basílio, vítima de insuficiência renal, doença que se arrastava há quatro anos, inclusive precisou fazer um transplante. Ele completaria 66 anos de idade em novembro, e certamente quem não acompanhou o futebol no final da década de 70 e anos 80 do século passado - a exemplo dos desavisados - deve perguntar: quem foi esse Wagner Basílio?

Pois bem, rebusquemos aquela final do Campeonato Brasileiro de 1986, entre São Paulo e Guarani, no Estádio Brinco de Ouro, em Campinas, no dia 25 de fevereiro de 1987. O título se encaminhava à equipe bugrina até os14 minutos do segundo tempo da prorrogação, com vitória por 3 a 2, quando Wagner Basílio, do São Paulo, arrancou com a bola de trás e deu um chutão em direção à área adversária.

Foi quando o meia Pita resvalou a cabeça na bola, justamente em direção do centroavante Careca, que acertou um 'sem pulo' indefensável, no ângulo superior esquerdo do goleiro Sérgio Neri, do Guarani. Assim, o empate por 3 a 3 obrigou a definição do título através de cobranças de pênalti.

Justo Careca, revelado nas categorias de base do Guarani! E não é que, naquele jogo, a última cobrança coube a Wagner Basílio, que a converteu e saiu para a comemoração. Todavia, ainda cabe ressaltar que foi ele quem cometeu pênalti claríssimo sobre o então ponteiro-esquerdo João Paulo, do Guarani, absurdamente não marcado pelo juiz José Assis Aragão. E aí: lembrou-se dele depois deste relato?

Pois saiba que ficou mais um ano no São Paulo, no título do Paulistão, mas o histórico de conquistas começou no Corinthians, no Paulistão das temporadas de 1979, 1982 e 1983, quando foi remanejado da função de volante a zagueiro, porém sem que se firmasse como titular, até porque não foi jogador clássico e nem aquele zagueirão que se impunha pela força física.

Wagner Basílio sabia se posicionar e tinha o tempo exato para cobertura de laterais. Ele ainda passou pelo Sport Recife, Bahia e encerrou a carreira em 1993 no Fortaleza, com registro, no início da trajetória, pela Seleção Brasileira campeã dos Jogos Pan-Americanos de 1979. Ele ainda foi coordenador técnico do Humaitá, na temporada 2018, assim como funcionário da Prefeitura Osasco, na Grande São Paulo, e auxiliar de Barbosa, ex-atacante do Palmeiras e do Santo André (SP), no comando técnico do ECO-Osasco.


 


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