Como há mais de 20 anos faço produção recontando histórias de atletas do passado, havia disposto mostrar que goleiros de média estatura perderam definitivamente espaço no futebol, ocasião que surgiu como exemplo o alagoano César, pela passagem no Corinthians entre 1981 e 1982, totalizando 58 jogos.
Observação: cabe distingui-lo do goleiro Júlio César que passou pelo elenco corintiano de 2005 a 2014 e, quando do desligamento, entrou com processo contra o clube na Justiça Trabalhista, alegando cobrança de férias, 13º salário, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e outros atrasos.
O Carlos César de Oliveira citado, de meados da década de 80, tinha 1,75m de altura e atuou ao lado de jogadores consagrados como o saudoso Sócrates, Zenon, Biro-Biro, Casagrande e Wladimir, participando da campanha da Taça de Prata de 1982, que levou o clube de volta à disputa da primeira divisão do nacional no mesmo ano, sendo titular até a eliminação contra o Grêmio (RS).
Na busca de detalhes adicionais, além da elasticidade para saltos e natural deficiência na bola aérea adversária, confesso falha pela desinformação, pois apenas agora constatei que ele morreu no dia 20 de junho do ano passado, em Maceió (AL).
Ele estava com 69 anos de idade, e a morte ocorreu em decorrência de infecção generalizada. Dez dias antes, havia sofrido uma parada cardíaca e estava internado desde então no Hospital Geral do Estado de Alagoas, em Maceió. Ao se desligar do Corinthians, ainda registrou passagens pelo Asa de Arapiraca (AL), Juventus (SP), Flamengo do Piauí e CRB, clube que coincidentemente iniciou e terminou a carreira em 1987, com histórico de tetra campeão alagoano de 1976 a 79.
Ao sair de cena do futebol, só voltou a ser lembrado anos atrás, flagrado como comerciante, ao 'tocar' um bar na beira do rio Pium, em Natal (RN). Posteriormente regressou a Alagoas como vendedor de lanches em barraca na Praia do Francês, em Maceió, embora tivesse fixado residência na cidade de Marechal Deodoro (AL), onde no final de maio de 2017 sua casa foi inundada com a forte enchente na cidade, provocando prejuízo.
Na ocasião, ele confessou que trabalhava juntamente com a sua mulher e ganhava R$ 2 mil por mês, justificando que dava para quebrar o galho. Lamentou apenas a necessidade de vender o seu carro, justificando a necessidade de fazer cirurgia no dente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário