Sávio formou o trio com Romário e Edmundo no Flamengo
Na década de 90 do século passado, o Flamengo contou com o atacante canhoto Sávio, que ainda menino integrou as divisões de base da Desportiva Ferroviária (ES), e chegou à Gávea em 1988, aos 14 anos de idade. Com 1,76m de altura, ele valia-se da velocidade e habilidade, com previsão para o surgimento de um 'novo Zico', até pelo biotipo de físico franzino e suscetível às faltas.
E não é que esse capixaba Sávio Bortolini Pimentel, natural de Vila Velha, que em janeiro passado completou 51 anos de idade, deixou o ex-centroavante Ronaldo Fenômeno na reserva no título do pré-olímpico e a medalha de bronze das Olimpíadas de 1996, em Atlanta, considerado destaque daquela Seleção Sub-23! E ainda chegou a atuar na Seleção Brasileira principal em 1999 e 2000, quando defendia o Real Madrid.
Esse currículo contrasta com aquilo que passou em 1995, quando o Flamengo montou no papel o ataque dos sonhos, a princípio projetado como o melhor do País naquela temporada, pois juntavam-se a Sávio talentosos contratados como Romário e Edmundo, lembram-se?
Então, por que aquela junção de craques deixou o Flamengo até correr risco de rebaixamento do Campeonato Brasileiro daquela temporada? Ainda bem que a vitória por 1 a 0 sobre o Criciúma serviu de 'respiro' naquele momento difícil, mas o que se questionou foi por que o clube ficou naquela situação, ao contar com o ataque dos sonhos de qualquer torcedor?
A rivalidade entre Romário e Edmundo atrapalhou, mas quando perguntado se o rendimento da defesa da equipe estava distante do ataque, Sávio desconversou, mas não desmentiu. E tudo mudou em 1996 com a saída de Edmundo para o Corinthians, quando Sávio continuou no Flamengo por mais dois anos, com transferência ao Real Madrid (ESP). Só que lá teve problemas de lesões e perdeu espaço na temporada de 2001/02 com a chegada ao clube do craque francês Zinédine Zidane.
Assim, foi emprestado ao Bordeaux, da França. Na sequência ao Zaragoza, até a volta ao Flamengo em 2006, marcada por curta passagem e atuando apenas em dez jogos. Na volta ao exterior, no Real Sociedad e Levante, não foi bem-sucedido, o que provocou retorno ao Brasil e na Desportiva Ferroviária (ES), em prenúncio de final de carreira, que ocorreu em 2010, no Avaí , quando passou a se dedicar a empreendimentos pessoais, um deles empresa de gestão esportiva.
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