Desportistas, em geral, devem tomar os devidos cuidados ao anunciarem a amigos a morte do volante Paulinho, do Corinthians, pois o clube contou com dois jogadores com o mesmo apelido e que atuaram na mesma posição, coincidentemente em elencos vencedores. Quem morreu foi aquele Paulinho primeiro volante, estilo 'caçador', portanto o distinguia do Paulinho segundo volante, campeão da Libertadores e Mundial de Clubes em 2012.
O Paulinho mais recente decidiu pelo encerramento da carreira de atleta no final do ano passado, aos 37 anos de idade, e o nome dele é José Paulo Bezerra Maciel Júnior, paulistano, que optou por migrar à função de executivo de futebol no Mirassol, com início surpreendemente vitorioso na função.
O Paulinho falecido no último sábado - de causa não informada -, aos 68 anos de idade, é o recifense Paulo Rogério Albuquerque e Sousa, formado nas categorias de base do Náutico e integrou o selecionado brasileiro de juniores em 1975. Ainda no Timbu ele conquistou titulos estaduais no biênio 1978/79, jogando ao lado do ex-centroavante Dadá Maravilha.
A chegada ao Corinthians ocorreu em 1981 e participou do quarteto de meio-de-campo ao lado de Biro-Biro, Zenon e Sócrates, na época da 'Democracia Corintiana', nos títulos paulistas do biênio 1982/83, sendo a última conquista na vitória sobre o São Paulo por 1 a 0, gol do do saudoso Sócrates, em equipe que contava com essa formação: Solito; Alfinete, Mauro, Juninho e Wladimir; Paulinho, Biro-Biro, Zenon e Sócrates; Wagner e Eduardo Amorim.
Por alguma razão o centroavante Casagrande não participou daquela partida, com público de 79.864 torcedores, no Estádio do Morumbi, em ano que Paulinho teve atuações mais regulares, ao colocar em prática o característico estilo de muita raça, que se identifica muito com torcedores corintianos
Em 1985 ele deixou o clube totalizando 203 partidas e ter marcado nove gols, porém outros dois contra. Na sequência atuou no Palmeiras sem a citada relevância, para na sequência entrar na tradicional estrada da volta no futebol em clubes de portes menores como Novorizontino, Anaolina, Taubaté, Matonense e Lemense.
O encerramento da carreira deu-se em 1992 e, com o característico sorriso dos tempos de atleta, montou uma escolinha de futebol na capital paulista, para transmitir à garotoada a experiência adquirida na trajetória.
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