domingo, 21 de setembro de 2025

 

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Ponteiro Paraná jogou bola até os 73 anos de idade



Algumas singularidades relacionadas a ex-atletas profissionais de futebol são de desconhecimento da maioria. Uma delas é que alguns desafiaram o tempo e continuaram 'batendo uma bolinha' depois dos 70 anos de idade, quer em treininhos, quer alguns minutos durante jogos amistosos em clubes sociais e comunidades.

O exemplo mais claro é o ex-meia Ademir da Guia, o 'Divino', que marcou época na 'Academia' do Palmeiras. Pois ele, pelo que se tem conhecimento, há cerca de quatro anos ainda continuava se uniformizando e calçando 'botina' para jogar futebol. Isso quando já havia 'batido' na casa dos 77 anos de idade.

Outro que demorou para se desgrudar da bola foi o então ponteiro-esquerdo Paraná, coincidentemente xará do 'Divino', pois o nome de registro dele é Ademir de Barros, com trajetória ascendente em clubes como São Bento e São Paulo, nas décadas de 60 e 70 do século passado.

Quis o destino que ambos - rivais naquela época - estivessem juntos em jogo amistoso comemorativo a quem já havia completado 70 anos de idade em 2014, no campo do Cambuí, em Campinas. Ele foi do tempo que a função do então ponteiro era se posicionar nos lados do campo, abusava dos dribles, arrancada com a bola em velocidade e cruzava, visando centroavantes e meias para complemento de jogadas.

Logo, se Paraná sabia desempenhar bem essa função, raramente infiltrava-se por dentro para finalizações e registro de gols era uma raridade, exceto quando se atrevia às cobranças de falta, pois tinha a virtude de pegar bem na bola. Isso se repetiu mais vezes em 1970, ano do título paulista do São Paulo, com quebra de jejum de 13 anos.

O saudoso Zezé Moreira era o treinador, em equipe que contou com essa formação: Sérgio; Forlan, Jurandir, Roberto Dias e Gilberto (Tenente); Edson e Gérson; Paulo, Terto, Toninho e Paraná, que igualmente fazia a recomposição para ajudar o meio de campo.

Por que ficou com o apelido de Paraná? Porque nasceu em Cambará, naquele Estado, em março de 1942. No São Paulo ficou de 1965 a 1973, quando atritou com o saudoso treinador Telê Santana, porque recusava-se ficar na reserva. Assim, rodou por clubes como Tiradentes (PI), Operário (MS), Colorado e Londrina (PR), Francana e Barra Bonita. Ele integrou a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966, e hoje curte a aposentadoria em Sorocaba, cidade escolhida para se radicar


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