Aquele Leonardo lateral-esquerdo do Flamengo, São Paulo, Seleção Brasileira e futebol europeu é mais um dos exemplos daqueles atletas que esbanjavam técnica na posição e foram remanejados à função de meia-de-armação. Lógico que neste quesito o atleta de mais notoriedade foi Júnior, que começou e encerrou a carreira no Flamengo. E a mudança de posição ocorreu na passagem pelo Torino (ITA), quando fez a exigência.
A lista da transformação de laterais-esquerdos em meias passa pelo outro Júnior, com carreira no São Paulo, Palmeiras, e nova experiência a partir de 2009 no Atlético Mineiro. O mesmo ocorreu com Zé Roberto, inicialmente defensor na Portuguesa, porém com postura mais adiantada no futebol alemão, depois Grêmio e Palmeiras até os 43 anos de idade.
Felipe, que começou a história no Vasco em 1996, lá mesmo foi transformado em meia, e ratificou o estilo na Roma (ITA). E um caso que muitos desconhecem é o de Éverton Ribeiro, que nos primeiros anos de Corinthians foi lateral-esquerdo. Resolveram adiantá-lo como atacante de beirada no São Caetano, mas foi no Coritiba que descobriram a real posição dele de organizador de jogadas, por dentro.
Leonardo Nascimento de Araújo, natural de Niterói (RJ), que completou 56 anos de idade em setembro passado, teve carreira iniciada no Flamengo em 1987 e encerrada na temporada 2002/2003 no Milan (ITA), com passagens anteriores no Valência, Paris Saint-Germain e Kashima Antlers do Japão, e principalmente o São Paulo por três vezes, onde foi fixado como meia-esquerda na conquista da Libertadores da América de 1993, e campeão mundial no Japão, no final do mesmo ano, marcando muitos gols.
Quando foi medalhista no tetracampeonato da Seleção Brasileira na Copa do Mundo dos Estados Unidos em 1994, atuou como lateral-esquerdo, deixando Branco na reserva, até que, ao desferir cotovelada no jogador Tab Ramos, dos Estados Unidos, foi expulso, cumpriu suspensão e aí perdeu a posição de titular.
Quatro anos depois, no Mundial da França, ele atuou como meia-esquerda no selecionado, ficando a lateral para Roberto Carlos, ocasião que o Brasil foi vice-campeão, ao perder para a França, de Zidane, por 3 a 0.
Em 2003 passou a intercalar os cargos de diretor de futebol e treinador em clubes como Paris Saint-Germain da França, Antalyaspor da Turquia, Milan e Internazionale da Itália.
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