Se 31 de maio é o Dia Mundial de Combate ao Fumo, criado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), indiscutivelmente são raros os jogadores de futebol desobedientes que ainda tragam o maldito cigarro, até porque a exigência física hoje é infinitamente maior comparada a décadas do século passado, quando o abuso era desmedido pelos profissionais.
Um dos últimos exemplos de atleta flagrado fumando foi o meia Douglas, de passagens por Corinthians e Grêmio, com encerramento de carreira no Brasiliense em 2020. Outros viciados foram o goleiro Marcos, meias Neto, Zenon, Sócrates e o atacante Casagrande, já aposentados. Todavia, nada se compara ao ex-meia Gerson Nunes de Oliveira, tricampeão mundial no México pelo Brasil, um fumante inveterado que gravou comercial da marca de cigarro Vila Rica, com slogan que induzia o fumante a levar vantagem em tudo, jamais prevendo que o slogan se transformaria na ‘Lei do Gerson’, atribuída aos espertões.
Naquele período, tais propagandas eram estreladas por galãs de cinema e passavam a impressão de glamour, desconsiderando que só no Brasil morrem 200 mil pessoas a cada ano por causa do cigarro, uma substância maléfica que cai na corrente sanguínea e facilita acúmulo de gordura, que impede a circulação correta do sangue no organismo. Consequência: gangrenas, que resultam em amputação de membros e falta de oxigenação nos órgão.
No passado, boleiros já falecidos fumavam até pouco antes de entrar em campo. O atacante Servilho - um dos melhores cabeceadores do Palmeiras - assistia parte de jogos preliminares com cigarro entre os dedos na década de 60. O ex-meia Américo Murolo, também palmeirense, fumava até em intervalos de partidas, no banheiro. Sócrates, num jogo do Corinthians em Americana (SP), contra o Rio Branco, apanhou um cigarro do bolso de um amigo, e só após três tragadas o atirou num canto do fosso que dá acesso aos vestiários do Estádio Décio Vitta.
Tempos igualmente dos 'serrotes' como o saudoso ex-meia são-paulino Benê, capaz de consumir um maço de cigarro de colegas. Seu companheiro de clube Deleu, lateral-direito avesso ao fumo, bronqueava quando alguém acendia cigarro perto dele.
Fumaceira, igualmente, nos bancos de reservas, provocadas por treinadores como Oswaldo Brandão, Ênio Andrade e Ébua de Pádua Lima (Tim) - todos falecidos - que davam mau exemplo.
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