segunda-feira, 3 de julho de 2023

Quatorze anos sem o goleiro Zé Carlos

Deveriam ter pensado lá atrás que atleta identificado pelo nome composto de Zé Carlos poderia ser citado só pelo sobrenome, tantos são os homônimos espalhados em clubes por esse Brasil afora. O Cruzeiro produziu um deles nos anos 60/70 que, de meia-armador foi transformado em volante na chegada ao Guarani e já falecido, em trajetória compensada com a conquista do inédito título no Campeonato Brasileiro de 1978.

Seleção Brasileira já abrigou dois 'Zés Carlos', um deles convocado à Copa do Mundo de 1998, na França, sem jamais ter jogado uma partida sequer pelo selecionado. E, naquela ocasião, esse lateral-direito acabou escalado para substituir o titular Cafu contra a Holanda, pela semifinal, com empate por 1 a 1 no tempo normal, e Brasil 4 a 2 nos pênaltis.

Esse foi Zé Carlos de Almeida, então atleta do São Paulo, a exemplo do outro, o regularíssimo goleiro do Flamengo, reserva de Taffarel na Copa do Mundo da Itália de 1990, campeão da Copa América de 1989, que atuou apenas três vezes na equipe principal e dez na olímpica. Vitimado por um câncer no abdômen, ficou bastante debilitado, teve quadro clínico considerado irreversível pelos médicos, e morreu aos 47 anos no dia 24 de julho de 2009, no Rio de Janeiro.

O carioca José Carlos da Costa Araújo, 1,92m de altura, apelidado de Zé Grandão, começou a carreira no Americano (RJ) e atuou no Rio Branco (ES) antes de chegar ao Flamengo em 1984. Dois anos depois, ao assumir a titularidade, mostrou a envergadura dos grandes goleiros e entrou na galeria daqueles que conquistaram títulos representativos pelo clube, como a Copa União de 1987 e a Copa do Brasil de 1990.

Dois anos depois já estava no Cruzeiro, onde foi campeão da Supercopa Libertadores. Na passagem por Portugal, jogou no Vitória de Guimarães, Farense e Filgueiras. Retornou ao Flamengo em 1996, e na temporada seguinte tornou-se o segundo goleiro do clube a marcar gols. Foi em cobrança de pênalti na goleada de 6 a 2 sobre o Nacional-AM, pela Copa do Brasil. Antes havia sido Ubirajara Alcântara. As últimas passagens dele em clubes foram por Vitória (BA), XV de Piracicaba, América (RJ) e Tubarão (SC), onde encerrou a carreira em 2000, aos 38 anos de idade, mas ainda integrou a comissão técnica do América (RJ) em 2006. Ele também participou do time de veteranos do Flamengo.


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