segunda-feira, 10 de julho de 2023

Mário Tilico, carreira no país e exterior

Nos tempos em que árbitros faziam 'vista grossa' para algum tipo de comportamento não permitido a atleta, pelo menos dois jogadores deles não hesitavam dar piques ultrapassando a linha lateral do gramado, em duelos contra adversários. Coincidentemente ambos foram ponteiros-direitos: Edu Bala, de São Paulo e Palmeiras; e Mário Tilico, principalmente na passagem pelo São Paulo. Para não trombar com laterais-esquerdos à sua frente, de vez em quando procurava escapadinha fora dos gramados, no chamado drible da vaca, e assim levava a bola ao fundo de campo, para posterior cruzamento.

Ele foi um velocista revelado na base do Vasco, com passagens por América de Rio Preto (SP), CSA (AL) e Náutico antes de desembarcar no Morumbi. Usava preferencialmene o corredor, mas sabia fazer a diagonal e até marcar uns golzinhos. E ao apostar nas características dele, o saudoso treinador Cilinho o indicou ao São Paulo, com chegada ao clube em setembro de 1988, e atribuição de substituir Müller, que havia se transferido ao Torino (ITA).

O início incerto dele, no Tricolor, provocou desconfiança da torcida e companheiros do elenco. No segundo ano de clube, foi duramente questionado pelo ex-goleiro Gilmar. Até na campanha do título do Brasileirão de 1991 começou na reserva, porém quis o destino que marcase o único gol das finais contra o Bragantino, no jogo de ida.

Trajetória relevante foi alcançada no empréstimo ao Cruzeiro, ao marcar dois dos três gols que deram o título ao clube da Supercopa da Libertadores, diante do River Plate, da Argentina. Se no jogo de ida os mineiros foram derrotados por 2 a 0, se prevaleceram na volta, com goleada por 3 a 0.

Findado o empréstimo no Cruzeiro, veio a experiência na Espanha pelo Cádiz, Marbella e Atlético de Madrid. Em 1994, após breve passagem pelo Fluminense, novo rumo ao exterior, no Sporting Braga e União Leiria - ambos de Portugal -, Leon do México e Al-Ittihad da Arábia Saudita, até que em 1998, de volta ao Brasil, foi jogar no Juventude.

Após isso, as portas se abriram na carreira de treinador. Dirigiu o Al-Ahli da Arábia Saudita, assim como clubes do Norte e Nordeste, como Remo, Ríver do Piauí, Sampaio Corrêa (MA) e CSA de Alagoas, sem se firmar. Atualmente, o professor Mário de Oliveira Costa, que em março passado completou 58 anos de idade, comanda o Olímpia Futebol Clube (SP).

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