sábado, 8 de julho de 2023

Dedé, vencido pelas lesões, sai de cena

Uma antiga e marcante propaganda da empresa Freios Vargas era concluída assim: 'e precisava de tudo isso?' Pois a interrogação cabe ao agora ex-zagueiro Dedé, que nesta primeira semana de julho anunciou definitivamente o encerramento de sua carreira de atleta, aos 35 anos de idade, após a insistente teimosia em tentar voltar aos gramados, mesmo submetido a quatro cirurgias no joelho.

O então atleta fez uso de suas redes sociais para publicação do texto de despedida: “Estou encarando com muita maturidade, consciência e tranquilidade. Amadureci esta ideia por muitos meses. Pensei, refleti e entendi que era o momento de agradecer, por respeito a todos que acompanharam minha carreira, batalhas e superação”, escreveu, sem deixar pistas sobre novos rumos no futebol, ou outra atividade.

A triunfal carreira dele no Cruzeiro, enfileirada de títulos e cotado à Seleção Brasileira, foi freada em outubro de 2019. Aí enfrentou o calvário, na tentativa de retorno aos gramados. Esperou 1.729 dias na convicção de recomeço, pela Ponte Preta, mas bastaram duas partidas, totalmente fora de forma, para ser marcado por erros crassos em jogos contra Inter de Limeira e Água Santa, pelo Paulistão de 2022.

E persistindo a lesão, tomou a iniciativa de se desligar da Ponte Preta, sem que aquilo significasse renúncia à luta para prosseguir a carreira. E acreditou que ao se abrirem as portas no Athletico Paranaense pudesse ser a última chance de prolongamento, mas lá só atuou 45 minutos de partida contra o Tocantinópolis, pela Copa do Brasil, dispensado na sequência pelo treinador Luiz Felipe Scolari, o Felipão, em agosto de 2022.

Apesar disso, ainda acreditou se encaixar em outro clube, mas oportunidades não surgiram, e agora sai de cena definitivamente com histórico de quem foi revelado na base do Volta Redonda (RJ) em 2008, transferência ao Vasco na temporada seguinte, quando já mostrava aproveitamento ofensivo de 12 gols até 2011, ano em que chegou à Seleção Brasileira e cravou histórico de onze partidas até 2018 e um gol marcado.

Todavia, a partir de 2011 já defensor do Cruzeiro, onde encaminhou trajetória até 2019, ano do rebaixamento da equipe à Série B do Campeonato Brasileiro. Lá ele participou das conquistas de dois títulos da Copas do Brasil no biênio 2017/18, dois Brasileirão em 2013/2014 e três Campeonatos Mineiros.

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