Na
década de 70, raros eram os jogadores de futebol profissional que
venciam a barreira dos 36 anos de idade. O magricelo volante Lorico,
no Botafogo de Ribeirão Preto, foi uma das exceções ao encerrar a
carreira aos 38 anos de idade. Nas passagens por Vasco, extinta
Prudentina e Portuguesa atuou como meia, mas já no Noroeste foi
recuado. Ele morreu em 2010, na cidade de Santos.
O
mundo do futebol viu a carreira do goleiro Manga se estender até os
45 anos de idade no Barcelona de Guayaquil, do Equador. O histórico
mostra passagem pela Seleção Brasileira na disputa da Copa do Mundo
de 1966, na Inglaterra. Em clubes foi idolatrado por torcedores de
Botafogo (RJ) e Inter (RS), nas décadas de 60 e 70, respectivamente.
Em setembro passado, aos 80 anos de idade, doente, foi acolhido por
simpatizantes do Nacional (URU), que providenciaram transferência de
país, a fim de que se submetesse a tratamento real.
No
Brasil, exemplo mais recente de longevidade de atleta no futebol foi
Zé Roberto, lateral-esquerdo nos tempos de Lusa, Santos, Grêmio,
Real Madrid (ESP) e Bayern de Monique (ALE), mas no Palmeiras, a
partir de 2015, foi transformado em meia, com carreira estendida até
2017.
Aí
o atacante japonês Kazuyoshi Miura, o Kazu, atingiu recorde mundial
que provavelmente jamais será batido no segmento. No dia 26 de
fevereiro passado, ao completar 53 anos de idade, estava vinculado ao
Yokohama do Japão, equipe que havia retornado à divisão principal
daquele país, e com contrato vigente até dezembro.
Três
anos antes Kazu já havia superado a marca do inglês Stanley
Mattheus, que jogou até os 50 anos de idade e sete dias, em 1965.
Convencionando-se a hipótese de que não seja vitimado por lesões,
o japonês tem propósito de estender ainda mais a carreira iniciada
na base do Juventus em 1982, quando aos 15 anos de idade chegou
sozinho ao Brasil, bancado por um pai milionário. E pela
características de velocidade pelo lado esquerdo, a carreira foi
estendida em clubes brasileiros como Palmeiras, Santos, Coritiba,
Matsubara, CRB e XV de Jaú, até que em 1990 optou pelo retorno ao
Japão.
Em
2012 havia migrado para o futsal e até disputou o mundial da
modalidade na Tailândia pelo seu país. Todavia, a inclinação
pelos gramados implicou no retorno a clube japonês, visto que à
época não havia perda considerável da preparação física.
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