quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Boleiros, da fama ao cárcere

A prisão do ex-volante Zé Elias por falta de pagamento de pensão alimentícia nos remete a casos de outros famosos do meio que enfrentaram a dura rotina do encarcerado, mesmo que por poucas horas. Divórcio é algo freqüente entre jogadores de futebol, muitas vezes pela infidelidade deles.

O fato reforça a opinião de que boleiro só não é mulherengo se não quiser, tais as facilidades para se envolver com mulheres, principalmente as chamadas ‘Maria Chuteira’.

O cara pode ser feio, jogar em equipe de pouca expressão, mas no imaginário do ‘mulherio’ é transformado num galã. Imaginem, então, aqueles atletas de gordas contas bancárias, carros importados e que fazem sucesso na mídia? Seja como for nasce um relacionamento, que por vezes é transformado em matrimônio e daí à rotina de se ‘descasar’.

É praxe arestas em separações desses casais e o intolerável é ignorar a pensão alimentícia. A ex-mulher de Zé Elias cobra dívida de aproximadamente R$ 1 milhão, acumulada desde 2008. E sabendo da ordem de prisão, ele antecipou-se à captura e se apresentou no 33º Distrito Policial de São Paulo, com imediata detenção neste 21 de julho.

Evidente que a situação desconfortante de Zé Elias contrasta com a história de quem foi ídolo no Corinthians, Santos, Inter de Milão, Olympiakos e Bayer Leverkusen. O que dirá, então, do ex-atacante Romário? Em julho de 2009 o juiz Antonio Aurélio Abirania, do Rio de Janeiro, acatou denúncia de Mônica Santoro, ex-mulher do craque, e expediu ordem de prisão por atraso de dois meses de pensão alimentícia.

Romário ainda tentou provar através de recebidos a quitação da dívida de R$ 42 mil referente a custeio de dois filhos, mas não adiantou. Faltava ainda acerto dos juros e por isso pernoitou em cela do 16º Distrito Policial do Rio.

Melhor sorte teve o lateral-esquerdo Roberto Carlos que provou ser descabida uma cobrança de suposta dívida de R$ 900 mil de pensão alimentícia em 2003. Pelo acordo, após a separação matrimonial, ele pagaria R$ 35,8 mil por mês enquanto ex-esposa e filhos morassem na Espanha.

O mesmo não se pode dizer do lateral-direito Orlando Lelé, já falecido. Nos anos 90, quando treinava o Vila Nova (GO), foi preso às véspera de um jogo contra o América (MG) por dívida de pensão alimentícia. Ele havia sido condenado em ação movida por uma mulher moradora em Pires do Rio (GO), com quem se envolveu quando dirigia o clube local.

Orlando participou do chamado ‘esquadrão’ vascaíno de 1977, que não sofreu um gol sequer em 18 partidas e foi derrotado uma vez em 25 jogos do Campeonato Carioca. Por isso a defesa foi batizada de ‘barreira do inferno’.

Antes da morte em 4 de setembro de 1999, vítima de embolia pulmonar, ele foi duramente castigado. É que ficou tetraplégico após sentir tontura, sofrer queda durante o banho, e bater a cabeça no chão.

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