segunda-feira, 28 de março de 2022

Clebão, zagueiro 'guarda-roupa' do Palmeiras

No passado, bordões e rótulos no futebol eram criados aos montes e se perpetraram, embora, por vezes, uma coisa não tenha nada a ver com a outra. Grosso era designação para o jogador fraco, assim como aquele de caixa torácica avantajada era tido como 'guarda roupa', como o mineiro Cléber Américo Conceição, zagueiro Clebão do Palmeiras nos anos 90, época que chegou à Seleção Brasileira e participou de 15 jogos.

Por sinal, ele teve expectativa de participar da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, mas ficou de fora da lista do treinador Carlos Alberto Parreira por conta de um erro do chefe da delegação palmeirense Mustafá Contursi, por ocasião de uma execursão do clube à Rússia, ao orientá-lo para não viajar a espera do chamado no lugar do lesionado Ricardo Gomes, que foi cortado. Foi quando o ex-quarto-zagueiro Ronaldão, que atuava no Shimizu S-Pulse, do Japão, foi chamado para ocupar a vaga.

Cléber unia o porte físico avantajado à raça, que implicavam em rótulo de xerifão. No estilo dele constatava-se precisos desarmes nas disputas diretas com atacantes adversários e oportuna cobertura a laterais, que podiam avançar sem receio de sofrer bola nas costas. Aliava-se a isso a invejável impulsão na bola aérea, embora tenha sido favorecido ao formar dupla de zaga com renomados companheiros nos tempos de Palmeiras, como Roque Júnior e Antônio Carlos. E uma das recompensas foi ter ganhado a Bola de Prata em 1994, pela revista Placar.

O início da trajetória profissional dele foi em 1989 no Atlético Mineiro, porém dois anos depois já estava no Logroñés, da Espanha, sem que se adaptasse àquele país. Logo, optou pelo retorno ao Brasil e no Palmeiras em 1993, quando foi montada equipe competitiva resultando na conquista da Libertadores da América já na temporada seguinte. No clube, disputou 372 jogos com saldo de 212 vitórias.

A passagem pelo Cruzeiro, em 2000, incidiu na última conquista de título, como a Copa do Brasil. Depois 'rodou' por Santos e Yverdon-Sport da Suíça, antes de entrar na estrada da volta do futebol em Figueirense (SC) e São Caetano, clube em que encerrou a sua carreira profissional.

Em 2009 Cléber fez estágio no Cruzeiro para a carreira de treinador, o que possibilitou desafios seguintes em Mogi Mirim, Rio Claro, Araxá e Poços de Caldas, ambos de Minas Gerais, sem que prosperasse na função.

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