domingo, 20 de março de 2022

Volta do cima do ex-meia Deco

As imprevisibilidades do futebol ficam bem explícitas na trajetória do ex-meia Deco, cunhado de Alecsandro e de Richarlyson, ambos também futebolistas. Quando surgiu nas categorias de base do Guarani nos anos 90, tiraram-no da posição original de meia e fizeram o remanejamento à lateral-direita, com justificativa da estatura de 1,74m de altura. Aí foi colocado em disponibilidade, mas persistiu no objetivo da carreira de atleta nos juniores do Corinthians, sem que se firmasse na equipe principal. Logo, acabou emprestado ao Nacional-SP e depois CSA e Corinthians de Alagoas, quando o futebol dele começou a aparecer e o Benfica, de Portugal, o contratou em 1997.

No futebol europeu começava a transformação dele, com repasse em equipes categorizadas como Porto (POR), Barcelona (ESP) e Chelsea (ING). Em Portugal foi eleito o melhor melhor jogador da Europa na temporada 2003/04, o suficiente para garantir dupla cidadania, e assim integrar o selecionado daquele país no período de 2003 a 2010, equivalente a duas Copas do Mundo: França e África do Sul e histórico de 75 partidas e cinco gols.

Em 2006, ajudou o Barcelona a conquistar a Liga dos Campeões da UEFA e o retorno ao futebol brasileiro deu-se em 2010, para jogar no Fluminense, em carreira prolongada por mais três temporadas, aos 34 anos de idade, e passagem marcada por seguidas lesões. À época, foi registrado o envolvimento dele em episódio referente a doping, ao ingerir complexos vitamínicos em pequenas doses, que resultou em suspensão preventiva de 30 dias.

Registrado em São Bernardo do Campo (SP) - cidade natal - como Anderson Luís de Souza, no final de agosto de 1977, Deco mudou-se na infância para o município de Indaiatuba (SP), e quis o destino que em sociedade com o empresário de futebol Nenê Zini passasse a ter o controle acionário do clube Primavera daquela cidade.

Antes disso, Deco já trabalhava como empresário no ramo desportivo, gerenciando carreiras de jogadores e transportando-os à Europa. Mídia esportiva brasileira reproduziu publicação do portal português Correio da Manhã, de novembro passado, que abordou desdoramento da operação 'Fora do Jogo', em que o Ministério Público de Portugal investiga empresas e clubes por suspeita de irregularidades na transferência de jogadores, crimes de fraude fiscal, fraude à segurança nacional e lavagem de dinheiro.

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