A cada
década o Palmeiras monta pelo menos um elenco que o rotulam de
academia. A primeira data de 1965, comandada pelo saudoso treinador
Filpo Nuñez. Depois, com a conquista paulista do biênio 1973/74 do
comandante Oswaldo Brandão. Nos anos 90, a cogestão com a Parmalat
permitiu montagem de equipe milionária que 'papava' quase tudo. E
agora o clube volta a se destacar com time competitivo.
Da
primeira academia apenas os meio-campistas Dudu e Ademir da Guia,
goleiro Valdir Joaquim de Moraes e ponteiro-esquerdo Rinaldo estão
vivos. Não há ‘sobreviventes’ no quarteto defensivo formado por
Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina e Geraldo Scotto.
Daquele ataque formado por Gildo, Servílio, Tupãzinho e Rinaldo,
apenas o ponteiro-esquerdo pernambucano está vivo, e aos 77 anos de
idade goza de aposentadoria em Carpina, interior pernambucano, e
conta repetida vezes a transferência do Náutico ao Verdão em 1964.
Também
pernambucano, Gildo Cunha do Nascimento perdeu a disputa pela vida
neste dois de agosto. Ele morava na cidade de São Paulo, estava com
79 anos de idade, ficou internado durante dez dias, e a causa da
morte foi registrada como insuficiência pulmonar.
No
Palmeiras esteve vinculado durante oito anos, a partir de 1961, mas a
princípio como reserva do lendário Julinho Botelho. Se é praxe
elogios até exagerados sobre desempenho de atleta após a morte, é
justo citar que Gildo apenas cumpria o básico cobrado de ponteiros à
época, de usar velocidade para chegar ao fundo de campo, e aí
cruzar a bola à área adversária. Foi assim que principalmente o
ponta-de-lança Servílio pôde explorar a virtude no cabeceio,
sempre citado como jogador que cabeceava com os olhos abertos, para
bem distinguir a colocação do goleiro.
Igualmente
Gildo será citado como atleta recordista de gol relâmpago no time
palmeirense, assim como em jogos no Estádio do Maracanã. Foi no dia
três de março de 1965, quando fechou em diagonal após lançamento
do lateral-direito Djalma Santos, aos nove segundos, na goleada sobre
o Vasco por 4 a 1. Ademar Pantera e Tupãzinho duas vezes completaram
o placar.
Quando
se desligou do Palmeiras, Gildo topou desafio arriscado, porém
bem-sucedido. Transferiu-se ao Atlético Paranaense, mesmo sabendo da
montagem de um time veteraníssimo com Djalma Santos, Belini e Nair.
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