Há 24
anos a comunidade vascaína despedia-se do talentoso meia Dêner,
emprestado pela Portuguesa, 23 anos de idade e três filhos. Neste 22
de junho os cruzmaltinos choraram a morte de um 'cria' da casa, caso
do atacante Talles, vinvulado por empréstimo à Ponte Preta, pai
pela quarta vez, e 24 anos de idade.
Em comum,
foram vítimas de acidente no Rio de Janeiro. Dêner, no banco de
passageiro de seu automóvel, teve o pescoço estrangulado nas
imediações da Lagoa Rodrigo de Freitas. A morte de Talles foi
decorrente de choque de motos, quando era um dos motoristas.
Mortes de
atletas no transcorrer de carreiras geralmente são associadas a
acidentes, e tem abalado mais vascaínos. Em 1985, no terceiro ano de
clube, o zagueiro uruguaio Daniel Gonzales teve o veículo Monza
atingido e, aos 32 anos de idade, morreu.
Há 50
anos o lateral-direito Lidu e ponteiro-esquerdo Eduardo, do
Corinthians, perderam a vida em colisão de carro na Marginal do
Tietê, enquanto no São Paulo há registro de pelo menos dois casos
de atacantes que por lá passaram e acidentados. Ponteiro-esquerdo
Edivaldo, vinculado de 1987 a 90, morreu três anos depois, aos 31
anos de idade, quando jogava pelo Taquaritinga (SP), em acidente na
Rodovia Castelo Branco. Já o ponteiro-direito Catê, então
'aposentado do futebol', 38 anos de idade, transitava em estrada do
interior gaúcho no momento da fatalidade.
Futebol
é tão traiçoeiro que, no momento em que o ponteiro-direito Roberto
Batata ganhou posição no time do Cruzeiro, contra o Aliança, em
Lima (PER), ninguém podia prever que faria a última partida pelo
clube: morreu em acidente na Rodovia Fernão Dias, na iminência de
completar 27 anos de idade, na temporada em que o clube conquistou a
Libertadores.
Tão ou
mais dolorosa é a morte de atleta no exercício de sua atividade.
São os casos dos laterais Carlos Alberto Barbosa, do Sport (PE),
pela direita; e Serginho, do São Caetano, pela esquerda. Ambos
passaram mal, caíram nos gramados, foram socorridos e não
resistiram. Carlos Alberto em jogo contra o XV de Jaú, em 1982;
Serginho diante do São Paulo, no Estádio do Morumbi, em 2004.
Zagueiro
Vágner Bacharell - ex-Palmeiras e Guarani - atuava pelo Paraná
Clube quando ficou desacordado após choque de cabeça.
Diagnosticaram fratura no crânio, e ele morreu em 20 de abril de
1990.
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