segunda-feira, 3 de junho de 2019

Adeus ao artilheiro Luisinho, do América


 Família dos artilheiros cariocas Lemos está de luto com a morte do então atacante Luisinho com 's' e não 'z' como a mídia impressa grafou quando ele fez sucesso nos anos 70 e 80. E foi no campo, como treinador do América (RJ), em jogo contra o Nova Cidade, em Nilópolis, que passou mal, foi internado, e diagnosticado com avc (acidente vascular cerebral). Neste dois de junho, aos 66 anos de idade, não resistiu à enfermidade.

 Luís Alberto da Silva Lemos viu os irmãos centrovantes César Maluco e Caio Cambalhota, no Palmeiras e Flamengo respectivamente, quando arriscou carreira na base do Verdão paulistano, na mesma posição. Como recomendável em início de carreira, foi 'canchado' na Ferroviária de Araraquara (SP) em 1972, quando revelou 'apetite' daquele finalizador que reparte a bola com a 'becaiada', e a empurra à rede.

 Ao apostar nessas virtudes, no biênio 1973/74, o América (RJ) se deu bem. Quando locutores de plantão esportivo de rádio anunciavam gol do 'Diabo', o ouvinte logo esperava o complemento da informação de que o autor seria Luisinho. Bidú! Afinal, tratava-se de um goleador por vocação, apesar da estatura mediana. Assim, está situado como principal artilheiro da história do clube com 311 gols, considerando-se mais duas passagens na década de 80.

 Na totalização de gols em clubes brasileiros alcançou 434, computando-se passagens por Palmeiras, Inter (RS), Flamengo, Botafogo (RJ) e Americano (RJ). No exterior jogou no Leon (MEX), Alnakra e Al Saad do Catar, e Las Palmas (ESP). Discretamente ingressou na função de treinador, com registro na Espanha e futebol árabe, antes de solidificar a carreira no América carioca.

 César Maluco foi o mais famoso dos irmãos. Maluquice na comemoração de gols do Palmeiras, nervosismo em campo, e até ofensa moral ao árbitro Renato de Oliveira Braga, que resultou em suspensão de nove meses.
O irmão mais velho, José Carlos da Silva Lemos, ficou mais conhecido pelas cambalhotas após cada gol, de que pelo futebol que apresentava. Caio Cambalhota não prosperou no Flamengo e rodou por vários clubes brasileiros e do exterior, um deles o Amora, de Portugal.

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