Família
dos artilheiros cariocas Lemos está de luto com a morte do então
atacante Luisinho com 's' e não 'z' como a mídia impressa grafou
quando ele fez sucesso nos anos 70 e 80. E foi no campo, como
treinador do América (RJ), em jogo contra o Nova Cidade, em
Nilópolis, que passou mal, foi internado, e diagnosticado com avc
(acidente vascular cerebral). Neste dois de junho, aos 66 anos de
idade, não resistiu à enfermidade.
Luís
Alberto da Silva Lemos viu os irmãos centrovantes César Maluco e
Caio Cambalhota, no Palmeiras e Flamengo respectivamente, quando
arriscou carreira na base do Verdão paulistano, na mesma posição.
Como recomendável em início de carreira, foi 'canchado' na
Ferroviária de Araraquara (SP) em 1972, quando revelou 'apetite'
daquele finalizador que reparte a bola com a 'becaiada', e a empurra
à rede.
Ao
apostar nessas virtudes, no biênio 1973/74, o América (RJ) se deu
bem. Quando locutores de plantão esportivo de rádio anunciavam gol
do 'Diabo', o ouvinte logo esperava o complemento da informação de
que o autor seria Luisinho. Bidú! Afinal, tratava-se de um goleador
por vocação, apesar da estatura mediana. Assim, está situado como
principal artilheiro da história do clube com 311 gols,
considerando-se mais duas passagens na década de 80.
Na
totalização de gols em clubes brasileiros alcançou 434,
computando-se passagens por Palmeiras, Inter (RS), Flamengo, Botafogo
(RJ) e Americano (RJ). No exterior jogou no Leon (MEX), Alnakra e Al
Saad do Catar, e Las Palmas (ESP). Discretamente ingressou na função
de treinador, com registro na Espanha e futebol árabe, antes de
solidificar a carreira no América carioca.
César
Maluco foi o mais famoso dos irmãos. Maluquice na comemoração de
gols do Palmeiras, nervosismo em campo, e até ofensa moral ao
árbitro Renato de Oliveira Braga, que resultou em suspensão de nove
meses.
O
irmão mais velho, José Carlos da Silva Lemos, ficou mais conhecido
pelas cambalhotas após cada gol, de que pelo futebol que
apresentava. Caio Cambalhota não prosperou no Flamengo e rodou por
vários clubes brasileiros e do exterior, um deles o Amora, de
Portugal.
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