segunda-feira, 10 de junho de 2019

Paulo Vítor marcou época no Fluminense


 No Grêmio (RS) há um goleiro de nome Paulo Victor, com o ‘c’ mudo antecedendo a consoante ‘t’. Integra o elenco do Volta Redonda outro Paulo Victor, também goleiro. No universo desses xarás da mesma posição nada se compara ao goleirão Paulo Vítor - sem o ‘t’ - nos anos 80, com a camisa do Fluminense.

 Pois esse paraense Paulo Vítor Barbosa de Carvalho - de Belém e criado no Distrito Federal - não perde a arrogância. Perguntado quem é o melhor goleiro que conheceu, a resposta é curta e grossa: “Eu”. Claro que nem no Fluminense, clube que defendeu de 1981 a 1988, foi melhor que antecessores como Veludo e Castilho.

 Apesar disso, entrou para a história do Fluminense como o segundo goleiro que mais atuou no clube, com 361 partidas, atrás do saudoso Carlos Castilho com 697 vezes. Paulo Vítor mostrava elasticidade para praticar defesas, coragem na saída da meta, agilidade na reposição de bola, e liderança no comando do sistema defensivo. Isso foi preponderante para ingresso na seleção olímpica do Brasil, e posteriormente no selecionado principal, com ápice ao ser relacionado à Copa do Mundo de 1986 no México, como reserva direto de Carlos Ganso.

 No Fluminense ele conquistou o tricampeonato carioca a partir de 83, e o Campeonato Brasileiro da temporada seguinte, com esta formação: Paulo Vítor; Aldo, Duílio, Ricardo Gomes e Branco; Jandir, Delei e Romerito; Assis, Washington e Tato. A boa fase da equipe propiciou-lhe bons contratados salariais, de forma que comprasse e desfrutasse de chácara paradisíaca na Barra da Tijuca. Ali pode cultivar horta e explorar criação de patos, galinhas, codornas e porcos.

 Hoje, radicado em Brasília (DF), na iminência de completar 62 anos de idade, não perde a mania de pentear os cabelos para que caiam na testa. Politizado, até disputou eleição distrital, mas não se elegeu. Pela facilidade de comunicação, se transformou em comentarista de futebol naquela capital, e explora o vasto conhecimento da modalidade que começou no extinto CEUB (DF) em 1974, com prosseguimento nas passagens - além do Fluminense - por Operário de Várzea Grande (MS), Vila Nova (GO), Goiás, Vitória (ES), Atlético Mineiro, América (RJ), Santos, Grêmio Maringá (PR), Remo, Paysandu (ambos do Pará) e Volta Redonda (RJ), onde encerrou a carreira em 1994.

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