No
Grêmio (RS) há um goleiro de nome Paulo Victor, com o ‘c’ mudo
antecedendo a consoante ‘t’. Integra o elenco do Volta Redonda
outro Paulo Victor, também goleiro. No universo desses xarás da
mesma posição nada se compara ao goleirão Paulo Vítor - sem o ‘t’
- nos anos 80, com a camisa do Fluminense.
Pois
esse paraense Paulo Vítor Barbosa de Carvalho - de Belém e criado
no Distrito Federal - não perde a arrogância. Perguntado quem é o
melhor goleiro que conheceu, a resposta é curta e grossa: “Eu”.
Claro que nem no Fluminense, clube que defendeu de 1981 a 1988, foi
melhor que antecessores como Veludo e Castilho.
Apesar disso, entrou para a
história do Fluminense como o segundo goleiro que mais atuou no
clube, com 361 partidas, atrás do saudoso Carlos Castilho com 697
vezes. Paulo Vítor mostrava elasticidade para praticar defesas,
coragem na saída da meta, agilidade na reposição de bola, e
liderança no comando do sistema defensivo. Isso foi preponderante
para ingresso na seleção olímpica do Brasil, e posteriormente no
selecionado principal, com ápice ao ser relacionado à Copa do Mundo
de 1986 no México, como reserva direto de Carlos Ganso.
No
Fluminense ele conquistou o tricampeonato carioca a partir de 83, e o
Campeonato Brasileiro da temporada seguinte, com esta formação:
Paulo Vítor; Aldo, Duílio, Ricardo Gomes e Branco; Jandir, Delei e
Romerito; Assis, Washington e Tato. A boa fase da equipe
propiciou-lhe bons contratados salariais, de forma que comprasse e
desfrutasse de chácara paradisíaca na Barra da Tijuca. Ali pode
cultivar horta e explorar criação de patos, galinhas, codornas e
porcos.
Hoje,
radicado em Brasília (DF), na iminência de completar 62 anos de
idade, não perde a mania de pentear os cabelos para que caiam na
testa. Politizado, até disputou eleição distrital, mas não se
elegeu. Pela facilidade de comunicação, se transformou em
comentarista de futebol naquela capital, e explora o vasto
conhecimento da modalidade que começou no extinto CEUB (DF) em 1974,
com prosseguimento nas passagens - além do Fluminense - por Operário
de Várzea Grande (MS), Vila Nova (GO), Goiás, Vitória (ES),
Atlético Mineiro, América (RJ), Santos, Grêmio Maringá (PR),
Remo, Paysandu (ambos do Pará) e Volta Redonda (RJ), onde encerrou a
carreira em 1994.
Nenhum comentário:
Postar um comentário