Na década de 50, o clube da empresa Rigesa, da
cidade de Valinhos, disputava campeonatos amadores em Campinas, e ainda na
categoria infantil o volante Écio Capovilla já se destacava pelo estilo
clássico, precisão nos passes e sabedoria na marcação para o desarme, evitando
cometer faltas.
Logo, o Guarani tratou de levá-lo para o seu
time juvenil. E dali para o Fluminense não tardou. Só que o clube carioca não
dimensionou a ameaça do atleta de retorno a Valinhos - sua cidade natal - e o
risco de perdê-lo em não havendo acordo para melhoria salarial.
Disso se aproveitou o Vasco que o levou de
volta ao Rio de Janeiro em 1956, começando ali uma rica história no clube
cruzmaltino, com auge dois anos depois na conquista do super Campeonato Carioca.
Eis a equipe base da época: Ita; Paulinho de Almeida, Bellini, Orlando Peçanha
e Coronel; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Almir, Vavá e Pinga.
Na época, a Revista do Esporte, com circulação maciça no Rio de Janeiro, publicava
a seção ‘Gosto não se Discute’, ocasião em que Écio revelou 18 coisas que
gostava e 19 que detestava. Entre aquelas que mais o agradava enfatizou a voz
da cantora Elizete Cardoso, a ‘Divina’, assim como andar de automóvel na chuva.
Confessava que torcia o nariz para concentração prolongada, jogar em campo
enlameado, e quando tinha obrigação de acordar muito cedo.
A regularidade implicou em chamada à Seleção
Brasileira em 1960, pelo treinador Vicente Feola, quando participou da Copa
Rocca e Oswaldo Cruz na Argentina e Paraguai, respectivamente. Écio era reserva
de Dino Sani, em competições nem sempre com a presença de Pelé nas escalações.
Em uma das partidas como titular, Écio teve os seguintes companheiros: Gilmar;
Djalma Santos, Bellini, Orlando e Nilton Santos; Écio e Chinesinho; Garrincha,
Vavá, Dida e Zagallo.
A trajetória de Écio no Vasco se prolongou até
1964, quando se transferiu ao Sporting Cristal de Lima, no Peru, onde dois anos
depois encerrou a carreira. Depois disso foi gerente de empresa multinacional,
secretário de esportes da Prefeitura de Valinhos e empresário do segmento de
gastronomia.
Com 80 anos de idade completados em novembro
passado, Écio desfruta de merecida aposentadoria. Todavia lúcido e gozando de
boa saúde, participa das rodas de futebol e acompanha a maioria dos jogos pela
televisão.
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