O centroavante Nilson Pirulito concorre
seriamente ao prêmio de maior nômade do futebol brasileiro. Ele assinou 25
contratos como atleta profissional em diferentes clubes durante carreira que se
prolongou por 20 anos, dos 18 aos 38 anos de idade. Também registra quatro
jogos pela Seleção Brasileira.
Nilson Pirulito porque é magro e alto: 1,88m
de altura. No registro de nascimento consta Nilson Esídio Mora, nascido em Santa Rita do Passa
Quatro (SP), dia 19 de novembro de 1965. Ele também foi ídolo de torcedores de
Corinthians e Palmeiras.
Curioso foi o vaivém do atacante entre Brasil
e Europa, e daqui à América do Norte ou a países vizinhos. Se em 1993 passou
por Flamengo e Fluminense, no ano seguinte ‘transitou’ por Albacete e Valladoid
da Espanha. Se em 1996 fez parte do elenco do Vasco, dividiu a temporada
seguinte entre Tigres do México e Atlético Paranaense.
Nilson Pirulito foi mais um ‘fazedor’ de gols
que não soube dimensionar o momento exato de parar de jogar profissionalmente.
Esteve na vitrine até 1999 quando defendeu o Atlético Mineiro. Depois, ao optar
pelo Universitário do Peru, começou a ‘trilhar’ a espinhosa estrada de volta. E
quando parecia sumido, eis que o Santa Cruz (PE) foi buscá-lo, acreditando que
ele ainda repartia bola com zagueiros e a empurrava para a rede. Imaginou a
facilidade no cabeceio para fazer gols. Ledo engano. Nilson já não era o mesmo.
Se encurtaram-lhe espaços em grandes clubes,
ainda restaram-lhe aqueles de menor expressão. Por isso ainda conseguiu dividir
a temporada de 2003 com assinaturas de dois contratos: Flamengo de Guarulhos e
Nacional da capital paulista.
A constatação inequívoca é que o divisor de
águas na carreira dele foi o XV de Jaú em 1988, quando marcou uma penca de
gols, no time dirigido pelo treinador José Poy (falecido) e formado por João
Luís; Adilson Neri, Altair, Marcelo e Toninho Paraná; Serginho Carioca, Élcio e
Rinaldo; Paulinho, Nilson Pirulito e Kazu. Por isso o passe foi comprado pelo
empresário Juan Figger.
Naquele mesmo ano Nilson foi para o Inter (RS)
e ajudou a equipe na campanha de vice-campeão do Campeonato Brasileiro, na
disputa de título com o Bahia, ocasião em que contabilizou 15 gols. O time da
época, comandado por Abel Braga, contava com esses jogadores: Taffarel; Luís
Carlos Winck, Aguirregaray, Norton e Casemiro; Norberto, Luís Fernando e Luís
Carlos Martins; Maurício, Nilson e Edu.
O que não se previa é que Nilson fosse cair em
desgraça no clube após desperdiçar pênalti contra o Olímpia do Paraguai, quando
a partida estava empatada por 2
a 2, e o time colorado perdeu por 3 a 2.
Parecia que jogar no extremo sul do país seria
maldição. Três anos depois voltou a Porto Alegre para atuar no rival Grêmio e
participou daquela equipe rebaixada à Série B do Campeonato Brasileiro.
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