segunda-feira, 1 de julho de 2013

Nilson Pirulito, um ‘fazedor’ de gols


 O centroavante Nilson Pirulito concorre seriamente ao prêmio de maior nômade do futebol brasileiro. Ele assinou 25 contratos como atleta profissional em diferentes clubes durante carreira que se prolongou por 20 anos, dos 18 aos 38 anos de idade. Também registra quatro jogos pela Seleção Brasileira.

 Nilson Pirulito porque é magro e alto: 1,88m de altura. No registro de nascimento consta Nilson Esídio Mora, nascido em Santa Rita do Passa Quatro (SP), dia 19 de novembro de 1965. Ele também foi ídolo de torcedores de Corinthians e Palmeiras.

 Curioso foi o vaivém do atacante entre Brasil e Europa, e daqui à América do Norte ou a países vizinhos. Se em 1993 passou por Flamengo e Fluminense, no ano seguinte ‘transitou’ por Albacete e Valladoid da Espanha. Se em 1996 fez parte do elenco do Vasco, dividiu a temporada seguinte entre Tigres do México e Atlético Paranaense.

 Nilson Pirulito foi mais um ‘fazedor’ de gols que não soube dimensionar o momento exato de parar de jogar profissionalmente. Esteve na vitrine até 1999 quando defendeu o Atlético Mineiro. Depois, ao optar pelo Universitário do Peru, começou a ‘trilhar’ a espinhosa estrada de volta. E quando parecia sumido, eis que o Santa Cruz (PE) foi buscá-lo, acreditando que ele ainda repartia bola com zagueiros e a empurrava para a rede. Imaginou a facilidade no cabeceio para fazer gols. Ledo engano. Nilson já não era o mesmo.

 Se encurtaram-lhe espaços em grandes clubes, ainda restaram-lhe aqueles de menor expressão. Por isso ainda conseguiu dividir a temporada de 2003 com assinaturas de dois contratos: Flamengo de Guarulhos e Nacional da capital paulista.

 A constatação inequívoca é que o divisor de águas na carreira dele foi o XV de Jaú em 1988, quando marcou uma penca de gols, no time dirigido pelo treinador José Poy (falecido) e formado por João Luís; Adilson Neri, Altair, Marcelo e Toninho Paraná; Serginho Carioca, Élcio e Rinaldo; Paulinho, Nilson Pirulito e Kazu. Por isso o passe foi comprado pelo empresário Juan Figger.

 Naquele mesmo ano Nilson foi para o Inter (RS) e ajudou a equipe na campanha de vice-campeão do Campeonato Brasileiro, na disputa de título com o Bahia, ocasião em que contabilizou 15 gols. O time da época, comandado por Abel Braga, contava com esses jogadores: Taffarel; Luís Carlos Winck, Aguirregaray, Norton e Casemiro; Norberto, Luís Fernando e Luís Carlos Martins; Maurício, Nilson e Edu.

 O que não se previa é que Nilson fosse cair em desgraça no clube após desperdiçar pênalti contra o Olímpia do Paraguai, quando a partida estava empatada por 2 a 2, e o time colorado perdeu por 3 a 2.

 Parecia que jogar no extremo sul do país seria maldição. Três anos depois voltou a Porto Alegre para atuar no rival Grêmio e participou daquela equipe rebaixada à Série B do Campeonato Brasileiro.

 

Nenhum comentário: