segunda-feira, 16 de maio de 2011

Perfumo, boa escola argentina

 “Los técnicos no son miedosos por sacar a los creativos. La cátedra se inquieta tres técnicos que predican buen fútbol sacan a la hora de los cambios a quienes juegan bien, si es que vale la expresión para los de buen, pie a quienes tratan bien la pelota. Los técnicos esta vez fueron Juan José López, Cappa y Schurrer”.
 Traduzindo do espanhol para o português, “os técnicos não têm medo de puxar a cadeira criativa. Está em causa três técnicos que pregam o bom futebol quando as mudanças para aqueles que jogam bem, se é uma boa expressão para a posição, que tratavam bem a bola. Os técnicos desta vez foram Juan José López, Cappa e Schurrer”.
 Essa breve introdução de texto é do ‘El Marechal’ Roberto Perfumo, que integra a equipe de colunistas esportivos do portal argentino ‘Olé’. Hoje, aos 68 anos de idade, esse ex-zagueiro mantém-se vinculado ao futebol com opiniões abalizadas. E fala com a autoridade de quem se aproximou da perfeição quando esteve em campo entre as décadas de 60 e 70. Saudosistas atestam que ele conciliou a indispensável raça portenha ao talento. Tinha velocidade para cobertura pelos lados do gramado e cálculo exato do tempo de bola para antecipação das jogadas. Também sabia acompanhar o bom balanço de atacantes habilidosos, para não se enganado facilmente.
 Perfumo fez história na seleção argentina a partir do Mundial de 1966 na Inglaterra, quando injustamente seu companheiro e volante Antonio Ratin foi expulso de campo pelo árbitro alemão Rudolf Kreitlein por reclamação, mesmo não entendo espanhol. Naquele selecionado jogou até 1974, ocasião em que integrou clubes como River Plate e Cruzeiro. Chegou a Belo Horizonte em 1971, e lá ficou durante quatro anos. A estatura de 1,79m de altura era aceitável a zagueiros da época. Além disso, tinha uma tremenda impulsão, e chegou precedido da fama dos argentinos revelarem zagueiros de bom nível técnico, contrastando com os vulneráveis Samuel e Demichelis na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul.
 Aquela vinda de Perfumo ao Brasil foi num período em que a ‘imigração’ de portenhos havia crescido consideravelmente. Pode-se dizer que o saudoso zagueiro Ramos Delgado abriu a ‘porteira’ quando chegou ao Santos em 1967. Três anos depois ele ganhou companhia do compatriota Cejas, um goleiro que dispensa comentários. Um ano antes o Palmeiras apostou nos gols do artilheiro Luis Artime para conquistar títulos.
 Tal como outrora, hoje vê-se uma invasão de jogadores argentinos espalhados por clubes brasileiros. O título de melhor atleta do país para o meio Conca do Fluminense, ano passado, foi quase uma unanimidade. Os meio-campistas Guiñazu e D’Alessandro caíram nas graças da galera do Inter (RS) pela volúpia nas disputas de bola. Já o Cruzeiro, bem sucedido com argentinos, conta com o meia Montillo.



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