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Pontepretano
sofre, mas vê o seu clube com um pé na Série B
Ponha
dramaticidade nesta vitória da Ponte Preta sobre o Náutico por 1 a
0, na tarde/noite deste sábado, no Estádio dos Aflitos, em Recife
(PE).
Ao
chegar aos nove pontos nos três jogos desta segunda fase da Série C
do Brasileiro, a Ponte Preta deu um passo gigantesco para retorno à
Série B.
Teoricamente,
mais uma vitória nos três jogos restantes será suficiente para que cumpra o objetivo.
AFLIÇÃO
DOS TORCEDORES
Foi
um segundo tempo de aflição para ambos os lados.
Como
a Ponte Preta estava em vantagem no placar, com gol de seu atacante
Jonas Toró, abdicou totalmente de atacar.
Isso
porque o Náutico se lançou decisivamente ao ataque, teve mais posse
de bola, a encurralou, embora com carência de capacidade ofensiva.
O
torcedor do Náutico roeu unhas e se desesperou pela falta de
organização de sua equipe, para chegar ao gol de empate.
Mesma
situação foi vivenciada pelo torcedor pontepretano, que via a bola
rondar a sua meta durante todo o segundo tempo.
Por
isso imaginava o risco iminente de, em lance furtuito, sair o gol de
empate.
Na
prática, méritos para a Ponte Preta que adotou uma eficiente malha
de marcação, fechando bem os espaços por dentro, oferecendo apenas
os lados do campo ao adversário.
Aí,
como o mandante não teve capacidade para furar o ferrolho, na
maioria das vezes os seus jogadores alçaram bola para o interior da
área, sempre rechaçada pela malha de marcação pontepretana, com quase todos os jogadores, exceto o centroavante Jeh.
DIOGO
SILVA
Mesmo
assim, não fosse a atuação destacada do goleiro Diogo Silva, de
certo a Ponte Preta não traria a vitória de Recife.
A
defesa no minuto final de partida, aos 51 minutos do segundo tempo,
foi impressionante.
O
chute de Hélio Borges tinha endereço certo no ângulo direito,
ocasião que o goleiro voou e defendeu.
Outra
defesa que cabe destacar foi a finalização do atacante Igor Bolt,
quando Diogo Silva mostrou reflexo para praticar a defesa com o pé
esquerdo, aos 13 minutos do segundo tempo.
INÍCIO
DA PONTE
A
Ponte Preta entrou em campo disposta a colocar em prática uma
postura ofensiva, em prenúncio de jogo 'pau a pau', nos primeiros
minutos.
Todavia,
a primeira chance real para abertura do placar coube ao Náutico,
logo aos 13 minutos.
Foi
quando o atacante Vinícius cruzou e o seu parceiro de ofensiva Igor
Bolt cabeceou, exigindo reflexo do goleiro pontepretano Diogo Silva,
para praticar defesa no canto esquerdo.
Outra
jogada ofensiva do Náutico, ainda pela direita, terminou com
cruzamento do lateral Arnaldo e complemento de Vitinho, para nova
defesa de Diogo Silva, aos 17 minutos.
GOL
DE TORÓ
No
lance seguinte, aos 18 minutos, em arrancada da Ponte Preta pela
direita, o meia Élvis serviu o lateral Pacheco, que teve liberdade
para trabalhar a jogada.
Com
consciência, ele fez um passe 'açucarado' para o atacante Jonas
Toró, livre de marcação, pela meia esquerda, já dentro da área,
para finalização certeira no canto direito do goleiro Muriel: Ponte
Preta 1 a 0.
O
Náutico sentiu o gol e se desestruturou durante o primeiro tempo,
embora mantivesse a iniciativa de atacar.
Como
a Ponte Preta correu bastante durante o primeiro tempo, com
insistente vaivém de seus atacantes de beirada Toró e Bruno Lopes,
houve queda ofensiva do rendimento de ambos, que acertadamente foram
substituídos.
Roque
Júnior, ex-zagueiro de carreira consagrada no futebol brasileiro e
exterior, é um exemplo de atleta que soube aplicar bem o dinheiro
ganhado, em decorrência dos lucrativos contratos feitos ao longo da trajetória, que permitiu-lhe uma vida estável e confortável com a
família.
Ao
completar 49 anos de idade neste 31 de agosto, o que ele fez questão
de não mudar foi o visual de longos cabelos crespos, tratados na
base de trancinhas, o que contrasta com a aparição do futebol em
sua cidade natal em Santa Rita do Sapucaí, na região Sul de Minas
Gerais, hoje de 43.753 habitantes.
Foi
lá, no Santarritense, que ele deu início à carreira de atleta
com cabelos bem curtinhos, e assim chegou na condição de reserva do
Palmeiras, em 1995. E aquela situação se prolongou por
aproximadamente dois anos, só modificada com a chegada ao clube do
então treinador Luiz Felipe Scolari - o Felipão -, que constatou o
desperdício do não aproveitamento de um zagueiro soberano no jogo
aéreo e capacidade para desarmar atacantes adversários.
Efetivado
como titular, teve participação ativa nas conquistas de títulos da
Copa do Brasil, Copa Mercosul, Libertadores e Torneio e
Rio-São-Paulo. Assim, a recompensa foi convocação à Seleção
Brasileira, visando à Copa do Mundo de 2002 - disputada no Japão e
Coréia do Sul -, ano que o País conquistou o pentacampeonato, e ele
participou daquele formato com três zagueiros: ele ao lado de Lúcio
e Edmílson.
A
rigor, José Vítor Roque Júnior - nome dele de registro em cartório
- está caracterizado como décimo zagueiro que mais vezes atuou pela
Seleção Brasileira em toda a história, totalizando 49 jogos. Logo,
por estar familiarizado com aquele ambiente e boa convivência com o
treinador Felipão, foi convidado e aceitou integrar a comissão
técnica do selecionado na Copa do Mundo de 2014, sediada no País.
Em
clubes do exterior, Roque Júnior atuou pelo Milan, Leeds United, AC
Siena, Bayer Leverkusen, Duisburg, Al-Rayyan e retornou ao Palmeiras
em 2008, mas a segunda passagem foi marcada por curto período, com
transferência ao Sydney FC da Austrália, até que o ex-colega de
Seleção, Juninho Paulista, então presidente do Ituano,
reservou-lhe espaço no clube, mas já em final de carreira.
Depois
disso, ele ainda tentou ingressar na carreira de treinador, no XV de
Piracicaba e Ituano, porém sem sucesso.