domingo, 5 de março de 2023

Roger, ex-lateral que se posiciona politicamente

Há profissionais do futebol que cultivam engajamento político e defendem intransigentemente as suas concepções. É o caso do treinador Roger, que durante eleição à Prefeitura de Porto Alegre de 2020 fez questão de apoiar a campanha da candidata Manuela d'Ávila (PCdoB), que representava ampla frente de esquerda, mas acabou derrotada no segundo turno pelo emedebista Sebastião Melo.

Um ano antes, Roger Machado Marques, natural de Porto Alegre, ainda no comando do Bahia, promeveu o Observatório de Discriminação Racial no Futebol, para promoção da igualdade racial no esporte, assim como recebeu a Medalha Zumbi dos Palmares da Câmara de Vereadores de Salvador (BA), pelo enfrentamento ao racismo.

Se o Juventude (RS) abriu-lhe as portas à função de treinador, há registro de duas passagens pelo Grêmio na função, assim como trabalhou Atlético Mineiro, Palmeiras, Bahia e Fluminense, demitidos em todos eles. Antes, como atleta, a carreira foi iniciada no Grêmio em 1994, na lateral-esquerda, lançado pelo então treinador Luiz Felipe Scolari, em companhia de Danrlei, Emerson, Carlos Miguel e Arilson.

Na base, chegou como ponteiro-esquerdo, mas foi adaptado à nova função para evitar concorrência na posição, em período de turbulência no clube, devido ao rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro em 1991. E por lá Roger permaneceu por nove anos, identificado como um dos melhores do País naquela década, quer pela eficiência na marcação, quer na desenvoltura de apoiou ao ataque.

Durante o período como titular absoluto até 2003, registrou 404 jogos, quatro gols e títulos do Gaúcho e Libertadores da América em 1995, Campeonato Brasileiro de 1996, Copa do Brasil e Recopa Sul-Americana de 1997, Gaúcho e Copa Sul de 1999, participando de quarteto defensivo formado pelo paraguaio Arce, Rivarola e Adílson Batista e ele, Roger.

Em 2004, justamente quando o treinador Tite se desligou do clube, ele também foi transferido ao Vissel Kobe do Japão, onde ficou durante duas temporadas, porém não escondeu a dificuldade de adaptação, o que provocu retorno ao Brasil em 2006, vinculado ao Fluminense, até que em 2009 assinou contrato com o D.C United dos Estados Unidos, mas problema na região lombar acusado logo na chegada implicou em retorno ao Brasil e encerramento da carreira de atleta. Em abril ele vai completar 48 anos de idade.

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