sábado, 14 de agosto de 2021

Dema, eleito o terceiro melhor volante do Santos

 É praxe jogadores do passado não pouparem críticas àqueles da atualidade. O ex-volante Dema, com auge na carreira no Santos, década de 80, torce o nariz quando vê atleta com sistemático recuo de bola, ou erra passes de distância inferior a quatro metros. Aí faz comparação com a sua geração quando, boleiros destemidos, ousavam aplicar dribles e conduziam a bola pra frente.

Como frequentemente assiste à jogos do Santos no Estádio da Vila Belmiro, ai de quem, ao seu lado, tenta convencê-lo de que hoje os espaços foram encurtados nos campo, para que o atleta defina com precisão a melhor alternativa. Não titubeia em repreender o interlocutor e lamenta a falta da qualidade do passado.

De fato, volantes que desarmam e valorizam saída de bola são raros, como foi especialidade de Dema. Embora por vezes ríspido em disputas de jogadas, igualmente tinha o tempo de bola para antecipação e esnoba para citar que sabia jogar. “Fui relacionado como o terceiro melhor volante da história do Santos, em pesquisa realizada”.

Historicamente, dos volantes santistas, torcedores o colocaram atrás apenas de Zito e Clodoaldo. Dema também chegou à Seleção Brasileira e participou de quatro jogos em 1985, ano em que foi eleito o melhor volante do Campeonato Brasileiro.

Ano anterior, integrou a equipe do título paulista, dirigida pelo saudoso treinador Carlos Castilho e formada por Rodolfo Rodriguez; Chiquinho, Márcio Rossini, Toninho Carlos e Toninho Oliveira (Gilberto Sorriso); Dema, Paulo Isidoro e Humberto; Lino, Serginho Chulapa e Zé Sérgio (Mário Sérgio).

Antes do Santos, Dema passou por Portuguesa, Bragantino e Comercial (MS). Fim de carreira, assinou contratos com clubes do futebol paulista como Portuguesa Santista, Comercial, Santo André, Francana, Ponte Preta, até chegada em América (RN) e Atlético de Três Corações (MG).

Radicado na capital paulista, se orgulha de Olímpia (SP), sua cidade natal, registrado como Waldemar Barbosa em fevereiro de 1959, para vingar no futebol. A boa memória permite lembrar a estreia no Santos em janeiro de 1983, na vitória sobre o América (RJ) por 2 a 0; do único gol marcado pelo clube em 150 jogos, na goleada por 4 a 1 sobre o Votuporanguense, em amistoso no Estádio Plínio Marim, em Votuporanga; e da despedida em 14 de maio de 1987, em Novo Horizonte, no empate sem gols com o Novorizontino.

Nenhum comentário: