segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Baiano Zé Roberto e a fama de boemia

São incontáveis histórias de jogadores de futebol associados à bebidas alcoólicas, sem que o vício tivesse influência decisiva para queda de rendimento técnico durante relativo período. Exemplos mais claros foram os saudosos atacantes Sócrates e Mané Garrincha, que bebiam até em vésperas de jogos. Todavia, um atleta já aposentado e marcado por torcedores pela vida noturna foi o ex-atacante flamenguista Zé Roberto, que encontrou resistência de botafoguenses para permanência no clube. Uma faixa estendida no Estádio Nilton Santos taxava-o de 'Zé Cachaça'.

No universo de vários Zé Robertos no futebol, cabe esclarecer que não se trata do mais famoso entre eles, que iniciou a carreira na lateral-esquerda da Portuguesa, jogou no exterior, Seleção Brasileira, Flamengo e se transformou em meia antes de encerrar a carreira no Palmeiras, aos 43 anos de idade, assim como o irreverente e saudoso atacante Zé Roberto Marques revelado pelo São Paulo na década de 60, com passagens por Corinthians, Athletico Paranaense e Coritiba, que morreu na cidade de Serra Negra (SP) em 2016, aos 70 anos de idade.

Tema é reservado ao baiano José Roberto Oliveira, que ao se destacar no Vitória (BA), em 2002, passou a ter trajetória com idas e vindas do exterior, por Kashiwa Reysol do Japão e Schalke 04 da Alemanha, intercaladas em clubes do Rio de Janeiro.

Por causa da fama de indisciplinado, o Botafogo (RJ) procurou se resguardar sobre eventual rescisão de contrato em caso de abuso, mas o bom comportamento o colocou como indicado ao Prêmio Craque do Brasileirão de 2006. Todavia, houve recaída na temporada seguinte, ao ser flagrado em boate de Salvador (BA), após ter pedido licença por questões de saúde, quando o time perseguia o São Paulo para conquista do Brasileirão. Aí surgiu o apelido Zé Cachaça.

Chance de se reabilitar foi dada pelo Flamengo, quando chegou por empréstimo em 2009. Na ocasião, de reserva se transformou em artilheiro e destaque da equipe na conquista do Brasileirão, época em que o clube contava com jogadores como Petkovic, Williams, Juan, Léo Moura, Ronaldo Angelim, Bruno e Maldonado.

Depois, registro para passagens discretas e atormentadas por lesões em Vasco, Inter (RS), Bahia, Figueirense, Brasiliense e Botafogo de Ribeirão Preto em 2015, onde encerrou a carreira e foi morar em Lauro de Freitas, interior da Bahia.

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