segunda-feira, 28 de junho de 2021

Velloso trocou as luvas de goleiro pela televisão

Na década de 80, o saudoso narrador de futebol e empresário Luciano do Valle incrementou o conceito de se comentar futebol na televisão ao requisitar ex-jogadores famosos para o exercício, como Rivellino, Gerson e Tostão, por exemplo, na Bandeirantes. Logo, até a TV Globo copiou o exemplo e Pelé se juntou a Paulo Roberto Falcão para analisar jogos, principalmente da Seleção Brasileira. A partir daí, emissoras de rádio também passaram a contar com ex-atletas em suas respectivas equipes esportivas.

Nesta abertura, o ex-goleiro Wagner Fernando Velloso ganhou espaço na TV Bandeirantes, levado pelo então companheiro de Palmeiras - meia Neto. E no exercício da função, da mesma forma que não poupa cartolas incompetentes, jamais hesita em críticas a atletas que cometem erros e lamenta a forma como são blindados em excesso do contato com a imprensa, contrastando com o período em que ele jogava. “Eu cansei de dar explicação. Hoje tem a saída por trás. O jogador vai embora e ninguém vê”, revelou em entrevista ao portal UOL Esporte.

Velloso, que em setembro próximo vai completar 53 anos de idade, teve trajetória no Palmeiras de 1988 a 1999, quando, lesionado, cedeu lugar para Marcos. Aí, ao não retomar o espaço aceitou proposta para jogar no Atlético Mineiro, com contratos renovados até 2004, quando, apesar de três cirurgias no ombro e três no braço, ainda insistiu jogar por mais um ano no Atlético Sorocaba, nunca se queixando da rotina de viagens e concentração. “Eu sinto muita falta de jogar futebol”.

No biênio 1992/93, Velloso foi emprestado ao União São João de Araras - sua cidade natal - e posteriormente ao Santos, na tentativa de retomar a rotina de bom posicionamento, coragem para saída da meta, elasticidade para defesas tidas como impossíveis e liderança para orientar companheiros de defesa.

Por tudo isso, quando do encerramento da carreira, julgou-se habilitado à função de treinador, com passagens por Paraná Clube e no interior paulista em América, Grêmio Catanduvense, Itapirense. Aí constatou que sem o devido respaldo de dirigentes, o trabalho dificilmente prospera. Por isso decidiu investir em quadras de futsal em Araras, até que surgisse a chance de se transformar em comentarista que adota cautela sobre trabalho de treinadores, pelo entendimento das inerentes dificuldades.

Nenhum comentário: