quinta-feira, 3 de junho de 2021

Sangaletti, do Guarani para o Corinthians na década de 90

Zagueiro Sangaletti e atacante de beirada Fernando Diniz foram companheiros de equipe na temporada de 1995, no Guarani, para posteriormente traçarem outros caminhos. Desconhecia-se, à época, que tinham projeto de ingresso na carreira de treinador, quando pendurassem as chuteiras como atletas.

Ambos estudaram, fizeram cursos de treinadores, e Diniz prosperou na nova função, rompendo o seleto grupo daqueles profissionais que comandam grandes equipes do futebol brasileiro, enquanto Sangaletti, na chance de comandar o Noroeste no Paulista da Série A3, em 2016, não deslanchou.

Marcelo Antonio Sangaletti foi identificado no futebol apenas pelo sobrenome. Natural de Dois Córregos, interior paulista, completou 50 anos de idade no dia 1º de junho passado. Enquanto atleta, foi subindo degraus gradativamente, quer como zagueiro, quer adaptado à função de volante. Destemido, sabia se posicionar. E ao desarmar adversários, driblava-os, se necessário, assim como arrancava com a bola de trás, para iniciar rápida transição ao ataque.

De 1991 a 1996 passou por Juventus, XV de Jaú e Guarani. Já na temporada seguinte, o Banco Excel bancou a contratação dele para o Corinthians, quando passou a ter o gostinho de conquista de títulos, que só pararam quando do encerramento da carreira no Inter (RS) em 2005.

No futebol pernambucano de 1998 a 2002, todo ano era uma conquista. Os três primeiros pelo Sport Recife. Depois no Náutico, quando começou a trabalhar com o treinador Muricy Ramalho e admirá-lo.

Ao reencontrá-lo no Inter (RS), chegou a ser sacado da equipe durante intervalo de jogo contra o Guarani, quando seu time perdia por 2 a 0, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, pelo Campeonato Brasileiro de 2004. Como ele não correspondia em campo, cedeu lugar para Rodrigo Paulista e o placar final foi de 3 a 1.

Reação do treinador em nada diminuiu a admiração pelo trabalho dele, que inclusive serviu de inspiração para que posteriormente amadurecesse a ideia de enveredar à carreira de comandante de equipe. Sangaletti optou pelo encerramento da carreira de atleta em 2005, aos 34 anos de idade, no próprio Inter, em decorrência de incômoda lesão no ombro.

A primeira real oportunidade na função surgiu em 2016, através do Noroeste de Bauru (SP), pela Série A3 do Paulista, sem que os objetivos fossem atingidos.



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