domingo, 23 de agosto de 2020

Sylvinho, lateral-esquerdo ganhador de títulos

Mídia brasileira grafava o apelido do então lateral-esquerdo Sylvio Mendes Campos Júnior como Silvinho, desprezando o 'y' durante os cinco anos de Corinthians, a partir de 1994. Sylvinho com 'y' passou a ser grafado quando ele se transferiu à Inglaterra para atuar no Arsenal e construir carreira internacional.

Lá assimilou a língua inglesa e posteriormente a espanhola nos oito anos divididos entre Celta de Vigo e Barcelona. Por fim, a andança na Europa foi completada na volta à Inglaterra, vinculado ao Manchester City, com discreta passagem e participação em apenas dez partidas pela Premier League. Assim, o encerramento de carreira ocorreu no dia sete de julho de 2011, aos 37 anos de idade.

Os 17 anos como atleta profissional foram coroados de títulos, a começar pela Copa do Brasil em 1995 e Brasileirão três anos depois pelo Corinthians, em vitória sobre o Cruzeiro por 2 a 0, na antevéspera daquele Natal, quando atuou nesse time: Nei: Índio, Batata (Cris), Gamarra e Sylvinho; Ricardinho (Amaral), Vampeta, Rincón e Marcelinho; Edílson e Mirandinha (Dinei). E despediu-se do Timão, ano seguinte, após o título no Campeonato Paulista.

Aquele estilo de jogador técnico para levar a bola ao ataque teve o devido reconhecimento em convocações à Seleção Brasileira a partir de 1997, diante da Rússia. E quando se presumia que fosse relacionado à Copa do Mundo da França, na temporada seguinte, o então treinador Zagallo optou por levar Zé Roberto na reserva de Roberto Carlos.

Se nos primeiros anos de Europa Sylvinho não 'beliscou' títulos, eles vieram em abundância na chegada ao Barcelona em 2004, quando se juntou aos brasileiros Deco, Belletti, Thiago Motta e Ronaldinho Gaúcho. Não se pode dizer que pendurou as chuteiras em 2011, pois incontinenti voltou a vesti-las na função de auxiliar técnico de Vágner Mancini no Cruzeiro, e depois Sport. Isso até 2013, quando foi anunciado no posto de auxiliar técnico fixo do Corinthians, para atuar na equipe do treinador Tite, que em 2016 o levou à comissão técnica da Seleção Brasileira, função que Sylvinho só se desligou para assumir o selecionado olímpico.

Todavia, o imediato desafio para que assumisse como treinador do Lyon (FRA) o fascinou. Na prática foi demitido após fracasso em onze rodadas no Campeonato Francês, em outubro do ano passado.

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