segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Dida, goleiro maior pegador de pênaltis

 Em outubro próximo o ex-goleiro Dida vai completar 47 anos de idade. Tido como maior pegador de pênaltis do futebol brasileiro, teve brilhante carreira prolongada até os 42 anos, mas continua ligado ao meio como preparador de goleiros do Milan, da Itália. Nascido na cidade baiana de Irará, foi registrado em cartório local como Nelson de Jesus da Silva.

Aos discípulos de clube não precisa contar os dez anos como absoluto da meta a partir de 2000, visto que presenciaram a elasticidade para defesas à queima-roupa, facilidade para explorar a estatura de 1,95m de altura em interceptações de bolas cruzadas à sua área, e liderança para organização do compartimento defensivo.

Dida conquistou o Campeonato Italiano quando pegou três penalidades na final de 2003 contra a rival Juventus. Também ganhou duas vezes a Liga dos Campeões. E na sua simplicidade informa aos comandados que o segredo para defesas neste estilo é perseverança no trabalho. Foi por isso que em partida contra o São Paulo, em passagem pelo Corinthians, praticou duas defesas neste expediente através de cobrança do ex-meia Raí.

Quando iniciou a carreira no Vitória (BA) em 1992, Dida já dava mostras de futuro promissor, que se concretizou dois anos depois na trajetória pelo Cruzeiro até 1998, com conquistas da Copa do Brasil, Libertadores e quatro vezes o Campeonato Mineiro. Na sequência, se a experiência no Lugano da Suíça não foi a esperada, o Corinthians serviu de reencontro da fama com títulos do Campeonato Brasileiro, Mundial de Clubes, Copa do Brasil e Torneio Rio-São Paulo. Em 2010, de volta ao Brasil, anunciou aposentadoria. Todavia, dois anos depois arriscou reinício na Portuguesa, e completou o ciclo nos rivais gaúchos: Grêmio e Inter (RS).

Na Seleção Brasileira, o histórico de onze anos é de 91 partidas. Foi reserva de Taffarel e Carlos Germano na Copa do Mundo da França. Na edição seguinte - Japão e Coreia do Sul - foi reserva direto de Marcos, enquanto na Alemanha garantiu posição de titular. Conquistou títulos de Copa do Mundo, Copa América, duas vezes Copas das Confederações e medalha olímpica de bronze.

Em abril passado foi noticiado que teria utilizado passaporte português falso, sem que tivesse tirado proveito da suposta cidadania portuguesa. A investigação judicial teria começado há dois anos.

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