domingo, 19 de julho de 2020

Ronaldo Giovanelli, um história no Corinthians

Nos dez anos de Corinthians, marcados como ganhador de títulos, o goleiro Ronaldo Giovanelli exibia vasta cabeleira, modismo comum entre a boleirada décadas passadas. Hoje, comentarista esportivo da TV Bandeirantes, aparece no vídeo com cabeça raspada, justificada pela queda de cabelos em decorrência da doença alopécia areata, que provoca queda de fios de cabelo, devido à fatores emocionais, como o estresse, ou alterações da glândula tireoide.

A explicação foi necessária para não se gerar especulação de que estaria com câncer, cujos sinais apontam queda de cabelo quando o paciente se submete a tratamento de quimioterapia. Segundo Ronaldo, quando do diagnóstico da alopécia areata, bastaram 15 dias para que ficasse careca, mas encara a situação com normalidade. A doença afeta no máximo 2% da população, e com maior predominância em pacientes jovens.

A trajetória dele enquanto atleta precisa ser subdividida em antes de depois do Corinthians. No primeiro ano de clube, em 1988, era terceiro goleiro. Carlos, o titular, estava lesionado e com transação encaminhada ao futebol da Turquia. Como o saudoso Waldir Peres, reserva imediato, foi dispensado, surgiu a chance dele ser titular, e correspondeu na conquista do título paulista daquela temporada.

Dois anos depois, jogou naquele time corintiano que conquistou o primeiro título brasileiro, ao vencer o São Paulo por 1 a 0, na finalíssima, gol de Tupãzinho. O treinador era Nelsinho Baptista e a equipe base essa: Ronaldo Giovanelli; Giba, Marcelo Djian, Guinei e Jacenir; Márcio, Wilson Mano e Neto; Fabinho, Tupãzinho e Mauro. Aí, com a chegada do treinador Vanderlei Luxemburgo ao clube em 1998, houve imposição para desligamento de Ronaldo, que assim contabilizou 602 partidas com a camisa corintiana, considerado, portanto, o terceiro que mais a vestiu, atrás apenas de Wladimir e Luzinho.

O segundo estágio dele no futebol foi marcado por instabilidade, embora até o final daquela década se mantivesse em grandes clubes como Fluminense e Cruzeiro. A partir do ano 2000 a experiência foi em clubes de portes médios e pequenos, quando começou a trilhar a chamada estrada da volta no futebol. Passou por Portuguesa, Ponte Preta, Gama (DF), ABC (RN), Portuguesa Santista (SP) e Metropolitano (SC).

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