domingo, 19 de julho de 2020

Três anos sem o goleiro Waldir Peres

Portal gruposulnews.com.br publicou em outubro passado que 592 pessoas morrem diariamente no Brasil vitimadas por infarto e AVC (acidente vascular cerebral), segundo informação da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Neste contexto foi enquadrado o goleiro Waldir Peres, morto em 23 de julho de 2017, em Mogi Mirim, sem que apresentasse na ocasião qualquer problema de saúde. Ele havia almoçado e se preparava para uma festa de aniversário quando sofreu infarto fulminante.

Waldir estava com 66 anos de idade e não havia definido um caminho sólido pós-atleta, com carreira encerrada no Santa Cruz em 1988, e marcada por 650 jogos. Tudo começou na Ponte Preta em 1970 como reserva de luxo de Wilson Quiqueto. Depois passou por São Paulo, América (RJ), Guarani, Corinthians, Portuguesa e Santa Cruz, ocasião em que se julgava habilitado a desempenhar função de treinador, e a Inter de Limeira abriu-lhe as portas dois anos depois, para trajetória que se arrastou por 23 anos, sem decolar.

Ele chegou a comentar futebol em rádio e televisão, e até postulou ingresso na carreira política ao se filiar ao PRP, para disputar vaga de vereador na cidade de São Paulo, nas eleições de 2016, mas o prestígio no futebol não foi repassado às urnas, pois obteve infrutíferos 1.341 votos.

Melhor, então, o registro como goleiro revelado pela Ponte Preta e ápice no São Paulo de 1973 a 1984, quando mostrou elasticidade e reflexo para defesas difíceis. Um dos raros defeitos era na saída da meta, corrigido parcialmente na sequência.

No período conquistou o título paulista de 1975, e dois anos depois o Brasileiro, em decisão contra o Atlético (MG). Foi a época em que participou de três Copas do Mundo, a primeira chamado de última hora como terceiro da posição, para substituir o lesionado Wendel, cortado em 1974. Em 1978, no Mundial da Argentina, foi reserva imediato de Leão. Em 1982, na Espanha, titular. Aquela convocação gerou polêmica por causa da boa fase de Leão, então no Grêmio.

Dois anos depois Waldir Peres caiu em desgraça no São Paulo, e acabou topando transferência ao América (RJ). Foi o período em que recuperou a confiança, despertou interesse do Guarani, e no clube ficou marcado positivamente no jogo contra o Flamengo no Estádio do Maracanã, em 1985, pelo Campeonato Brasileiro, quando defendeu três pênaltis, no empate por 1 a 1.


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