Se
no futebol de hoje é praticamente proibido escalação de zagueiro
com menos de 1,80m de altura, saibam que o Corinthians conquistou o
bicampeonato brasileiro 1998/99 com dupla de zaga de estatura
inferior: paraguaio Gamarra tem 1,78m e Batata 1,76. Todavia,
valiam-se da elogiada impulsão para se sobressaírem pelo alto. Foi
o 'casamento' da técnica do estrangeiro com o espírito guerreiro do
brasileiro.
O
apelido de Batata 'colou' por ter sido flagrado algumas vezes comendo
batatas escondido, enquanto a mãe as preparava. Fosse hoje, com
aversão dos clubes por apelidos, de certo ele seria identificado
pelo prenome do registro de nascimento constante como Wanderley
Gonçalves Barbosa, que em novembro próximo vai completar 47 anos de
idade.
Embora
tivesse nascido em Barra do Piraí (RJ), o início da carreira foi na
Inter de Limeira (SP) em 1993, dispensado três meses depois após
rebaixamento da equipe às Série A2 do Paulista. Assim, seguiu
trajetória no Ituano, esteve no Monterrey (MEX), até ganhar
visibilidade a partir de 1998 no Corinthians, quando foi eleito o
melhor zagueiro do Paulistão.
Lá
ele ficou até 2002, com histórico de 164 partidas, registro de 84 vitórias, 45 empates e 35 derrotas. Marcou seis gols a favor e um
contra. E os seus últimos anos de clube foram marcados por lesões.
Assim quase não atuou nas conquistas do Mundial de Clubes em 2000 e
Rio São Paulo em 2002, pois havia perdido a posição para Fábio
Luciano.
Na
temporada seguinte se transferiu ao Atlético Mineiro, sem contudo se
firmar como titular. A partir daí começou a rodar clubes como
Brasiliense (DF), Náutico (PE) e Pogón Szczecin (POL) em 2006, sem
que se adaptasse. “Saí do Recife com 42 graus e cheguei na Polônia
com menos 28. Quase enlouqueci”, confessou.
Após
nova passagem pelo Náutico, ainda atuou no interior pernambucano no
Central de Caruaru, até que o encerramento da carreira ocorresse no
Salgueiro em 2008, aos 34 anos de idade. “Foi quando comecei a
perceber que mais atrapalhava de que ajudava o time. Estava tirando
espaço dos garotos. Cheguei a conclusão que estava na hora”.
A
identificação com a cidade de Itu fez que lá voltasse a residir,
pelo menos três anos atrás. E sem que tivesse migrado para outras
atividades no futebol, trabalhava como motorista de lotação com sua
perua Kombi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário