quarta-feira, 14 de novembro de 2018

No Inter, outro Olavo conhecido como Vacaria


 Há prenomes de pessoas que caíram em desuso, e um deles é Olavo. São raros os cartórios de registros de nascimento que certificam pais com essa opção, contrastando com outras épocas. No século XIX, por exemplo, nasceu no Rio de Janeiro o renomado jornalista e poeta Olavo Bilac. Portuguesa Santista, Corinthians e Santos desfrutaram do futebol do raçudo zagueiro Olavo Martins de Oliveira, já falecido, que no título mundial do time santista de 1962 atuou como lateral-direito. O outro Olavo famoso no futebol ficou conhecido apenas pelo apelido: Vacaria, lateral-esquerdo do Inter (RS) na década de 70.

 Natural de Urussanga, interior catarinense, Olavo Dorico Vieira já mostrava na adolescência inclinação à carreira de jogador de futebol, e por isso foi levado ao juvenil do Glória de Vacaria (RS) aos 16 anos de idade. Como dois anos depois foi profissionalizado no 14 de Julho de Passo Fundo (RS), companheiros de clube preferiram chamá-lo de Vacaria, em alusão à cidade de passagem anterior. E assim foi identificado até a morte no dia 30 de julho de 2016, três anos após ter sido vitimado por um avc (acidente vascular cerebral), com agravamento de hepatite.

 Por ter se notabilizado como lateral-esquerdo marcador, do tipo carrapato, Vacaria foi contrato pelo Inter em 1970, aos 21 anos de idade. Em decorrência da inicial dificuldade de adaptação, acabou emprestado ao Figueirense de Santa Catarina, quando ratificou aptidão de lateral-esquerdo com capacidade para anular hábeis ponteiros-direitos.

 Vacaria não era driblado com facilidade. Também tinha velocidade para acompanhar arrancadas de adversários e persegui-los para que evitassem cruzamentos de fundo de campo, que visavam projeções de centroavantes e meias que acompanhavam a jogada para o cabeceio.

 Assim, no retorno ao Inter em 1973, foi titular absoluto durante quatro anos com os treinadores Dino Sani e Rubens Minelli, e participou do bicampeonato brasileiro no biênio 1975-76. Embora sempre sondado por clubes do eixo Rio-São Paulo, transferiu-se ao Palmeiras apenas em 1977, e integrou o elenco vice-campeão brasileiro de 1978. Aí, um ano depois decidiu abandonar a carreira de atleta, já mirando na função de treinador em clubes do Sul do país.

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