segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Tobias, destaque no Corinthians nos anos 70


 Décadas passadas, quando comerciais da marca Bozzano eram veiculados no rádio, ouvia-se através do vozeirão do saudoso radialista Oliveira Neto essa mensagem: ‘Lembram-se de minha voz? Ela continua a mesma. Mas os meus cabelos! É que para eles tem o creme rinse colorama. Um produto: Bozzano’.

 Pois o goleiro Tobias, de cabelos compridos e encaracolados, se transformou em ídolo do Guarani nos primeiros quatro anos da década de 70. E depois do encerramento da carreira no Bangu, em 1986, os cabelos rarearam até que a calvície ficasse acentuada.

 Tobias chegou ao Corinthians em 1975, respaldado pela característica de goleiro ágil. A permanência no clube se estendeu durante cinco anos, mas o marcante foi em 1976. Na fase semifinal do Campeonato Brasileiro, contra o Fluminense, foi um dos heróis da classificação à finalíssima contra o Inter (RS), ao praticar duas defesas na definição através dos pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo normal, no Estádio do Maracanã.

 O jogo entrou para a história como ‘invasão corintiana’ no Rio de Janeiro, com 70 mil torcedores, que na ocasião contava com esse time: Tobias; Zé Maria, Moisés, Zé Eduardo e Wladimir; Givanildo (Basílio), Ruço e Neca; Vaguinho, Geraldão (Lance) e Romeu.

 No desjejum de títulos do Corinthians em 13 de outubro de 1977, Tobias já não era absoluto da meta na final do Campeonato Paulista, contra a Ponte Preta. O treinador Oswaldo Brandão havia programado revezamento de goleiros, mas por sorte ele foi titular nas vitórias da primeira e terceira partida, enquanto Jairo atuou na derrota por 2 a 1.

 Dois anos depois, durante repetição dos finalistas do Campeonato Paulista, Tobias estava na reserva de Jairo, em outro título corintiano contra a Ponte, ano em que foi transferido ao Sport Recife, clube que já havia defendido num rápido empréstimo em 1971, quando vinculado ao Guarani.

 Ainda adolescente, Tobias tinha inclinação pelo basquete e apenas se divertia no futebol em time varzeano. Foi quando dirigentes do Noroeste de Bauru o levaram às categorias de base. Depois o Guarani o contratou para suceder o saudoso Sidney Poli. Os últimos clubes foram Fluminense, Rio Negro (AM) e Bangu. Ele já completou 69 anos de idade.

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