segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Eurico Miranda, histórias de irreverência

 No dia 13 de dezembro de 2012, o mais controvertido cartola do Vasco da Gama de todos os tempos, Eurico Miranda, ocupou espaço na mídia ao autografar o livro ‘Todos Contra Ele’, no Rio de Janeiro, obra com a biografia dele e escrita por Sérgio Frias.
 Com saudade dos holofotes, Eurico aproveitou a oportunidade para alfinetadas características: “Só quero que não me provoquem muito. Eu tinha decidido me aposentar e cuidar dos meus netos, mas estão me provocando muito. De repente posso mudar de idéia”, foi a insinuação de que poderia disputar a eleição presidencial seguinte do clube.
 Com ou sem provocação, havia se agarrado outra vez ao cargo, e agora não quer deixá-lo, na iminência de eventual derrota na eleição presidencial do clube. Por isso tenta suspender na Justiça a eleição dos novos conselheiros.
 No atual cenário, a chapa de oposição nomeará 120 conselheiros para a posse do Conselho Deliberativo, ficando 30 à chapa da situação. Estes 150 vão se juntar a outros 150 natos, para eleger o presidente durante o triênio 2018-2020.
 Não há estranheza no comportamento de Eurico, que desafiou a Rede Globo de Televisão durante transmissão da final da Copa João Havelange de 2000, contra o São Caetano. Na ocasião, o Vasco optou pelo logotipo da concorrente SBT nas camisas dos jogadores.
 Também consta no histórico do dirigente ter transportado à sua casa receita que cabia ao seu clube, da partida contra o Flamengo de 1997, pelo Campeonato Brasileiro, no Estádio do Maracanã. A justificativa foi que, mesmo com seguranças, teria sido rendido por assaltantes que levaram o malote com o dinheiro.
 A mídia informou o valor de R$ 62 mil, mas o dirigente revelou perda de R$ 27 mil. Detalhou que bandidos usavam colete à prova de bala e metralhadora R15. Todavia houve suspeita de situação forjada. Questionou-se à época por que ele não fez uso de carro forte para transporte seguro?
 Denunciado por crime contra a ordem tributária, Eurico foi condenado em 2007 a dez anos de reclusão e ao pagamento de multa de R$ 53 mil, pela 4ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, mas recorreu em liberdade.

 Com o reprovável hábito de enfumaçar ambientes com baforadas de seu charuto, Eurico destilou todo veneno contra o maior rival: “Não sei se tenho maior prazer numa relação sexual ou se quando ganhamos do Flamengo”.

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