No dia 13 de dezembro de 2012, o mais
controvertido cartola do Vasco da Gama de todos os tempos, Eurico Miranda, ocupou
espaço na mídia ao autografar o livro ‘Todos Contra Ele’, no Rio de Janeiro,
obra com a biografia dele e escrita por Sérgio Frias.
Com saudade dos holofotes, Eurico aproveitou a
oportunidade para alfinetadas características: “Só quero que não me provoquem
muito. Eu tinha decidido me aposentar e cuidar dos meus netos, mas estão me
provocando muito. De repente posso mudar de idéia”, foi a insinuação de que
poderia disputar a eleição presidencial seguinte do clube.
Com ou sem provocação, havia se agarrado outra
vez ao cargo, e agora não quer deixá-lo, na iminência de eventual derrota na
eleição presidencial do clube. Por isso tenta suspender na Justiça a eleição
dos novos conselheiros.
No atual cenário, a chapa de oposição nomeará
120 conselheiros para a posse do Conselho Deliberativo, ficando 30 à chapa da
situação. Estes 150 vão se juntar a outros 150 natos, para eleger o presidente durante
o triênio 2018-2020.
Não há estranheza no comportamento de Eurico,
que desafiou a Rede Globo de Televisão
durante transmissão da final da Copa João Havelange de 2000, contra o São
Caetano. Na ocasião, o Vasco optou pelo logotipo da concorrente SBT nas camisas dos jogadores.
Também consta no histórico do dirigente ter transportado
à sua casa receita que cabia ao seu clube, da partida contra o Flamengo de 1997,
pelo Campeonato Brasileiro, no Estádio do Maracanã. A justificativa foi que,
mesmo com seguranças, teria sido rendido por assaltantes que levaram o malote
com o dinheiro.
A mídia informou o valor de R$ 62 mil, mas o
dirigente revelou perda de R$ 27 mil. Detalhou que bandidos usavam colete à
prova de bala e metralhadora R15. Todavia houve suspeita de situação forjada. Questionou-se
à época por que ele não fez uso de carro forte para transporte seguro?
Denunciado por crime contra a ordem tributária, Eurico foi condenado em 2007
a dez anos de reclusão e ao pagamento de multa de R$ 53 mil, pela 4ª Vara
Federal Criminal do Rio de Janeiro, mas recorreu em liberdade.
Com o reprovável hábito de enfumaçar ambientes
com baforadas de seu charuto, Eurico destilou todo veneno contra o maior rival:
“Não sei se tenho maior prazer numa relação sexual ou se quando ganhamos do
Flamengo”.
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