segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Jair da Costa, ídolo na Itália

 Quando a Inter de Milão conquistou o terceiro título mundial de clubes, após goleada por 3 a 0 sobre o Mezembe da República do Congo, da África, em 18 de dezembro de 2010, seu ex-jogador e brasileiro Jair da Costa Santos respirou aliviado. É que se livrou de assistir a dancinha atrevida do fanfarrão africano Kidiaba, goleiro que naquela ocasião comemorava gols de seu time com coreografia inusitada.

 Sentava no gramado e dava pulinhos, provocando o peso do corpo na bunda e nos pés. Logo, sarristas de plantão batizaram aquele estilo de ‘bundachão’. Depois que a zebra foi espantada, Jair da Costa saboreou com gosto a cervejinha diária na lanchonete de seu complexo esportivo em Osasco (SP), estruturado com campos de futebol saçaite de grama sintética, pintada nas cores azul e preta da Inter.

 Jair ainda mantém relacionamento com
o clube italiano onde passou por nove anos entre as décadas de 60 e 70, contratado em 1962 por US$ 190 mil. Foi lá que cravou seu nome internacionalmente ao marcar o gol da conquista do bicampeonato mundial de clubes em 1965 contra o Real Madrid de Puskas, Di Stefano e Gento. Soma-se ainda mais quatro títulos conquistados pela Liga Italiana e dois na Liga Europeia.

 Na Inter foi parceiro do meio-campista Dino Sani e o atacante Amarildo, ambos brasileiros. Na Itália ainda jogou na Roma em 1968, e quando retornou ao Brasil em 1973 já havia completado 33 anos de idade, sem a velocidade característica do ponteiro-direito de outrora. Por isso, várias vezes foi adaptado pelo treinador Pepe na meia-direita, quando compensava a perda da arrancada pela habilidade com a camisa do Santos.

 Curioso é que naquela final paulista contra a Portuguesa, que se arrastou às cobranças de pênaltis, o saudoso árbitro Armando Marques errou na contagem e a opção foi dividir o título. O Santos jogou com Cejas; Hermes, Carlos Alberto Torres, Turcão e Vicente Gaúcho; Zé Carlos, Clodoaldo e Jair da Costa (Brecha); Euzébio, Pelé e Edu Jonas.

 O desejo de Jair da Costa era encerrar a carreira na Portuguesa, clube que o revelou em 1960, para substituir Júlio Botelho. No entanto, a melhor proposta foi do Estrela de Windson, do Canadá, clube que encerrou a carreira em 1974.

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