domingo, 9 de julho de 2017

Winck, lateral dos bons e treinador

 Quando encerrou a carreira de lateral-direito no São José do Rio Grande do Sul em 1996, Luiz Carlos Coelho Winck projetou incontinenti trajetória igualmente vitoriosa como treinador naquele mesmo clube. Idealizou que aprendizagem com renomados treinadores - como o saudoso Ênio Andrade - fosse suficiente para captar virtudes de liderança, psicologia, controle físico do grupo, treinamentos técnicos de aprimoramento, e aspecto tático.

Após cruzar o país em equipes de média e pequena expressão, apenas agora, no Criciúma, ganha visibilidade no Campeonato Brasileiro da Série B. Topou o desafio ao assumir o clube na quarta rodada, após três derrotas consecutivas. Agora, nos últimos oito jogos, reverteu o cenário com quatro vitórias e quatro empates, o último deles diante do Inter em Porto Alegre, numa amostragem que extrai competitividade de seus jogadores.

 Enquanto atleta mostrava pulmão de aço, que permitia chegar ao ataque sistematicamente. Como pegava bem na bola nos cruzamentos, vislumbrava companheiros em condições de completar jogadas.

 A recompensa foram convocações à Seleção Brasileira, com histórico de 17 partidas. Foi quando participou da Copa América de 1993, no Equador, com eliminação do Brasil nas quartas-de-final. Após empate com a Argentina por 1 a 1 no tempo normal, perdeu por 6 a 5 na definição através das cobranças de pênaltis.

 Por duas ocasiões Winck sonhou com a conquista da medalha olímpica. A primeira em 1984, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, Estados Unidos, com derrota para a França por 2 a 0 na final. Quatro anos depois, em Seul, Coréia do Sul, outra derrota da final, desta vez para a União Soviética por 2 a 1. Uma fratura na perna o impediu de participar da Copa do Mundo da Itália de 1990.

Gaúcho de Portal, Winck completou 46 anos de idade em janeiro passado. A profissionalização no Internacional (RS) ocorreu aos 17 anos de idade, com conquistas de seis títulos regionais pelo clube até 1989, quando se transferiu para o Vasco e comemorou o título do Campeonato Brasileiro na vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo, no Estádio do Morumbi.


 O time vascaíno da época era de Acácio; Luiz Carlos Winck, Quiñones, Marco Aurélio e Mazinho; Zé do Carmo, Boiadeiro e Bismarck; Sorato, Bebeto e William. De lá saiu em 1993 e passou novamente por Inter, Grêmio, Atlético (MG), Botafogo e Flamengo. 

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