Quando encerrou a carreira de lateral-direito no
São José do Rio Grande do Sul em 1996, Luiz Carlos Coelho Winck projetou incontinenti
trajetória igualmente vitoriosa como treinador naquele mesmo clube. Idealizou
que aprendizagem com renomados treinadores - como o saudoso Ênio Andrade -
fosse suficiente para captar virtudes de liderança, psicologia, controle físico
do grupo, treinamentos técnicos de aprimoramento, e aspecto tático.
Após cruzar o país em equipes de média e
pequena expressão, apenas agora, no Criciúma, ganha visibilidade no Campeonato
Brasileiro da Série B. Topou o desafio ao assumir o clube na quarta rodada,
após três derrotas consecutivas. Agora, nos últimos oito jogos, reverteu o
cenário com quatro vitórias e quatro empates, o último deles diante do Inter em
Porto Alegre, numa amostragem que extrai competitividade de seus jogadores.
Enquanto atleta mostrava pulmão de aço, que
permitia chegar ao ataque sistematicamente. Como pegava bem na bola nos
cruzamentos, vislumbrava companheiros em condições de completar jogadas.
A recompensa foram convocações à Seleção
Brasileira, com histórico de 17 partidas. Foi quando participou da Copa América
de 1993, no Equador, com eliminação do Brasil nas quartas-de-final. Após empate
com a Argentina por 1 a 1 no tempo normal, perdeu por 6 a 5 na definição
através das cobranças de pênaltis.
Por duas ocasiões Winck sonhou com a conquista
da medalha olímpica. A primeira em 1984, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, Estados
Unidos, com derrota para a França por 2 a 0 na final. Quatro anos depois, em
Seul, Coréia do Sul, outra derrota da final, desta vez para a União Soviética
por 2 a 1. Uma fratura na perna o impediu de participar da Copa do Mundo da
Itália de 1990.
Gaúcho de Portal, Winck completou
46 anos de idade em janeiro passado. A profissionalização no Internacional (RS)
ocorreu aos 17 anos de idade, com conquistas de seis títulos regionais pelo
clube até 1989, quando se transferiu para o Vasco e comemorou o título do
Campeonato Brasileiro na vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo, no Estádio do
Morumbi.
O time vascaíno da época era de Acácio; Luiz
Carlos Winck, Quiñones, Marco Aurélio e Mazinho; Zé do Carmo, Boiadeiro e
Bismarck; Sorato, Bebeto e William. De lá saiu em 1993 e passou novamente por
Inter, Grêmio, Atlético (MG), Botafogo e Flamengo.
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