terça-feira, 25 de julho de 2017

Adeus a Waldir Peres, a muralha

 Com a morte do ex-goleiro Waldir Peres dia 23 de julho, é recomendável recapitulação de coluna publicada em maio de 2003, com citação do jogo Flamengo e Guarani de 1985 no Estádio do Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, quando ele defendeu três pênaltis para os bugrinos e deixou o gramado como herói naquele empate por 1 a 1.

 Um ano anos havia caído em desgraça no São Paulo, transferindo-se ao América do Rio de Janeiro. Aí, ao recuperar a forma, veio para o Guarani, clube que paradoxalmente deveria ter iniciado a carreira em 1970. Embora aprovado no teste, a morosidade dos dirigentes para definição de contrato possibilitou que a rival Ponte Preta atravessasse a negociação, após indicação do ex-técnico Ilzo Neri.

 Vindo de Garça (SP), na ocasião ele deixava os longos cabelos caírem sobre testa e pescoço. Com a camisa pontepretana, Waldir Peres ficou um ano como reserva. Ao assumir a titularidade, só deixou o clube em 1973 na transferência ao São Paulo, precisando de apenas três meses para barrar o goleiro Sérgio. E lá foi absoluto na posição durante onze anos.

 Boa colocação, elasticidade e reflexo para praticar defesas cara a cara com adversários eram as principais virtudes, embora pecasse na saída da meta. Assim, participou daquele time 1977, treinado por Rubens Minelli, campeão brasileiro contra o Atlético Mineiro.

 Após empate sem gols, a definição ocorreu em cobranças de pênaltis. O São Paulo acertou três contra duas do Galo e festejou o título no Estádio do Mineirão. Waldir estava iluminado num time que tinha ainda Getúlio, Tecão, Bezerra e Antenor; Chicão e Teodoro (Peres); Zé Sérgio, Mirandinha, Dario Pereyra e Viana.

 Waldir Peres participou de três Copas do Mundo. Em 1974, na Alemanha, foi convocado como terceiro goleiro devido ao corte do lesionado Wendell, do Botafogo (RJ). Assim, pôde observar a regularidade do titular Émerson Leão e aprender com o reserva Renato (Flamengo).

 Em 1978, no Mundial da Argentina, foi reserva imediato de Leão. E em 1982, na Espanha, chegou a sua vez de jogar ao lado de uma patota que encantou o mundo, mas foi despachada pela Itália do carrasco Paolo Rossi.

 Foram 650 jogos na carreira de 19 anos como jogador, com passagens ainda por Corinthians e Portuguesa, ocasião em que se julgava habilitado a desempenhar funções de treinador, sem contudo obter s

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