segunda-feira, 17 de julho de 2017

Edinho, zagueiro de três Copas do Mundo

 A maioria dos desportistas que vê trocas de bolas lentas e improdutivas entre zagueiros no futebol de hoje, com chance de recomposição à equipe adversária, provavelmente desconheça que o comunicativo comentarista esportivo do canal SporTV, Edino Nazareth Filho, carioca de 62 anos de idade, foi um quarto-zagueiro que desprezada essa frescura e arrancava com a bola ao perceber brechas na marcação adversária.

 Quando se lê Edino, não entenda que trata-se de erro de digitação ou desatenção do escrevente de cartório de registro quando do registro do nome. Desde à infância, para facilitar a identificação, foi chamado de Edinho. Assim construiu uma carreira de sucesso no futebol do Fluminense, fruto do investimento feito pelo clube à época nas categorias de base, quer incentivando revelação de talentos, quer garimpando no eixo Rio-São Paulo a procura de promessas para lapidá-las.

 No primeiro como profissional do Fluminense, em 1975, Edinho já se encaixou no time que se convencionou chamar de ‘maquina tricolor’, time pelos adversários, e que reeditou boas campanhas no ano subsequente.

 Aquele primeiro time contava com Félix; Toninho Baiano, Silvério, Edinho e Marco Antonio; Zé Mário, Cléber e Rivellino; Gil, Manfrini e Paulo César Caju. Na sequência, restou apenas Edinho no quinteto defensivo, formado por Renato; Carlos Alberto Torres, Miguel, Edinho e Rodrigues Neto. Os meio-campistas foram Pintinho, Caju e Rivellino; ficando o ataque com Gil, Doval e Dirceu.

 Além da técnica apurada para valorizar a saída de bola de trás, Edinho recebia aplausos pelo estilo raçudo, e foi premiado com convocações da Seleção Olímpica à principal, com participação em três Copas. Mesmo zagueiro de origem, atuou como lateral-esquerdo na Argentina em 1978, visto que a posição ficou com Amaral. Na Copa da Espanha de 82 foi reserva de Luizinho, até que quatro anos depois, na França, fez dupla de zaga com Júlio César.

 Apesar da identidade com o Fluminense - onde ficou por sete anos - teve passagem pelo rival Flamengo como atleta e treinador. Há registro - na carreira que se estendeu até 1990 no Grêmio (RS) - na Udinese da Itália, em 1982.

 Também aproveitou o livre trânsito no Fluminense para treiná-lo duas vezes, assim como passou pelo Marítimo de Portugal e futebol mexicano até 2011, quando optou transmitir a sua vasta experiência em televisão.

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