sábado, 1 de abril de 2017

Vampeta, história de seis rebaixamentos

 São-paulinos da Torcida Organizada Dragões da Real aguardaram pacientemente para desforrar sobre o ex-volante e hoje presidente do Audax, Marcos André Batista dos Santos, o Vampeta. Como sempre ironizou são-paulino como ‘bambi’, e propositalmente aumentou o preço do ingresso para R$ 100 no confronto entre ambos, agora o troco veio a cavalo. São-paulinos o infernizaram nas redes sociais lembrando dos seis rebaixamentos dele a partir de 1996 no Fluminense, quando o clube recuperou a vaga no tapetão.

 Em 2004, no Vitória, ele também caiu de divisão. Nos quatro anos seguintes, mais três rebaixamentos: Brasiliense 2005, Corinthians 2007 - ambos do Brasileirão - e queda à Série A2 do Paulista no Juventus. E agora, no Audax, queda à mesma divisão.

 Nem por isso perde a irreverência. Baiano de Nazaré das Farinhas, já quebrou o protocolo com cambalhotas na rampa do Palácio do Planalto, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso recepcionou a delegação do selecionado brasileiro após o pentacampeão mundial de 2002.

 Profissionalizado no Vitória (BA) em 1993, na temporada seguinte, aos 20 anos de idade, já era ídolo na Holanda jogando no PSV Eindhoven. A partir daí transformou sua carreira num vaivém Brasil/Europa durante dez anos. Duas passagens pelo Corinthians, Fluminense, Paris Saint Germain (FRA), Inter de Milão (ITA), Flamengo e Al-Salmiya Club do Kuwait, ocasião em que se destacou como volante moderno que conciliava força na marcação à velocidade na saída de bola para organizar os contra-ataques, e bom passe.

 No Flamengo, em 2001, ficou marcado por duas frases: “Eles fingem que me pagam, e eu finjo que jogo”, quando reclamava de salário atrasado. “A camisa do Flamengo não caiu bem em mim”, emendou.

 Depois, na estrada da volta, registro nos clubes citados de rebaixamento. Aí, em 2008 pendurou as chuteiras como atleta, mas continuou ligado ao futebol através da empresa Vamp Sport, que administra carreiras de boleiros. Também havia montado restaurante requintado no bairro Santana, na capital paulista, e designou seu pai para administrar sua fazenda em Nazaré das Farinhas, que produz abacaxi, manga, jaca e maracujá.

 O apelido Vampeta ocorreu após a perda da primeira dentição. Para uns parecia um vampiro; para outros tinha jeito de capeta. Logo, associando-se prefixo de uma palavra ao sufixo de outra deu nisso. 

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