São-paulinos
da Torcida Organizada Dragões da Real aguardaram pacientemente para desforrar
sobre o ex-volante e hoje presidente do Audax, Marcos André Batista dos Santos,
o Vampeta. Como sempre ironizou são-paulino como ‘bambi’, e propositalmente
aumentou o preço do ingresso para R$ 100 no confronto entre ambos, agora o
troco veio a cavalo. São-paulinos o infernizaram nas redes sociais lembrando dos
seis rebaixamentos dele a partir de 1996 no Fluminense, quando o clube recuperou a
vaga no tapetão.
Em 2004, no Vitória, ele também caiu de
divisão. Nos quatro anos seguintes, mais três rebaixamentos: Brasiliense 2005,
Corinthians 2007 - ambos do Brasileirão - e queda à Série A2 do Paulista no
Juventus. E agora, no Audax, queda à mesma divisão.
Nem por isso perde a irreverência. Baiano de
Nazaré das Farinhas, já quebrou o protocolo com cambalhotas na rampa do Palácio
do Planalto, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso recepcionou a
delegação do selecionado brasileiro após o pentacampeão mundial de 2002.
Profissionalizado no Vitória (BA) em 1993, na
temporada seguinte, aos 20 anos de idade, já era ídolo na Holanda jogando no
PSV Eindhoven. A partir daí transformou sua carreira num vaivém Brasil/Europa
durante dez anos. Duas passagens pelo Corinthians, Fluminense, Paris Saint
Germain (FRA), Inter de Milão (ITA), Flamengo e Al-Salmiya Club do Kuwait,
ocasião em que se destacou como volante moderno que conciliava força na
marcação à velocidade na saída de bola para organizar os contra-ataques, e bom
passe.
No Flamengo, em 2001, ficou marcado por duas
frases: “Eles fingem que me pagam, e eu finjo que jogo”, quando reclamava de
salário atrasado. “A camisa do Flamengo não caiu bem em mim”, emendou.
Depois, na estrada da volta, registro nos
clubes citados de rebaixamento. Aí, em 2008 pendurou as chuteiras como atleta, mas
continuou ligado ao futebol através da empresa Vamp Sport, que administra
carreiras de boleiros. Também havia montado restaurante requintado no bairro
Santana, na capital paulista, e designou seu pai para administrar sua fazenda
em Nazaré das Farinhas, que produz abacaxi, manga, jaca e maracujá.
O apelido Vampeta ocorreu após a perda da
primeira dentição. Para uns parecia um vampiro; para outros tinha jeito de
capeta. Logo, associando-se prefixo de uma palavra ao sufixo de outra deu
nisso.
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