segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Lateral Nelsinho marca época no São Paulo

 Entre as décadas de 60 e 90 o São Paulo contou com três Nelsinhos. Primeiro o mineiro Nelson Matilde de Miranda, um meia-direita franzino que desabrochou para o futebol no Guarani em 1964, e foi destaque nacional naquela histórica goleada sobre o Santos por 5 a 1, em Campinas, quando marcou um dos gols. Logo, cartolas são-paulinos projetaram reviver a dupla de área bugrina de Nelsinho e Babá. Ambos foram contratados, com o meia-direita chegando em 1967, sem contudo repetir o futebol que dele se esperava. Há informações que, mesmo na iminência de completar 71 anos de idade, ainda participa de ‘peladas’ com ex-jogadores.
 Em 1971 chegou ao São Paulo Nelson Baptista, lateral-direito revelado pela Ponte Preta em 1967, identificado apenas por Nelson, trazido ao tricolor paulistano juntamente com os já falecidos zagueiro Samuel e volante Teodoro, todos da Macaca. Paradoxalmente, este Nelson incorporou o diminutivo Nelsinho quando ingressou na carreira de treinador no São Bento, em 1985. E se hoje, aos 65 anos de idade, é um dos mais badalados comandantes de equipes no futebol japonês - onde encontra-se há quase sete anos -, como atleta sempre foi reconhecido como aplicado marcador de ponteiros-esquerdos, com passagens ainda por Santos e Juventus.
 Dos Nelsinho, o mais bem sucedido no São Paulo foi o veloz lateral-esquerdo Nelson Luís Kerchnen, revelado pelo clube, a exemplo de seu antecessor Gilberto Sorriso e sucessores André Luís, Fábio Aurélio e Fábio Santos. Nelsinho aguardou pacientemente o encerramento do ciclo de Marinho Chagas no biênio 1981/82, para ocupar de vez a posição na temporada seguinte, embora tivesse estreado na equipe em setembro de 1979. Até 1992 ele foi intocável entre os titulares, colecionando títulos paulistas, dois brasileiros e uma Libertadores. No período, participou de 512 jogos, superado apenas por Rogério Ceni, Waldir Peres, De Sordi, Roberto Dias, Teixerinha e José Poy.
 Na decisão do Brasileiro de 1986, em Campinas, foi culpado pelo primeiro gol do Guarani. Nem por isso se abateu. A partida foi definida através dos pênaltis e deu São Paulo.
 A rigor, de 1985 a 87 a defesa são-paulina só teve mudança na zaga-central, com revezamento de Oscar, Wagner Basílio e Adílson. Nas demais posições jogavam Gilmar, Zé Teodoro, Dario Pereyra e Nelsinho. Alternaram-se como volantes Márcio Araújo, Falcão e Bernardo, com Pita e Silas completando o meio de campo. O ataque tinha Muller, Careca e Sidney Trancinha.

 A experiência de ser trocado por Leonardo para defender o Flamengo em 1992 foi desastrosa. Uma lesão o impediu de atuar e só pôde dar continuidade na carreira no Corinthians. Depois jogou dois anos no Japão, no Kashiwa Reysol, e marcou 16 gols em 86 jogos. Por ora tenta ser treinador em equipes da Grande São Paulo.

Nenhum comentário: